Investing.com – O ambiente é mais desafiador para a B3 (BVMF:B3SA3) do que o esperado anteriormente. É isso que destaca o BTG (BVMF:BPAC11) em relatório divulgado aos clientes e ao mercado nesta quinta-feira, 19, em que corta projeções, mas ainda reforça recomendação de compra para o papel, dada a forte caixa e geração de fluxo de pagamentos e recompras. “Se a atividade do mercado de capitais melhorar, B3 é um bom nome para surfar rapidamente essa onda”, afirma o banco. O preço-alvo para 2024, antes estimado em 17, passou para R$14.
O BTG reduziu as projeções de lucro por ação no segundo semestre deste ano em 10%, no ano de 2024 na mesma magnitude e em 2025 em 17%. “O impulso de curto prazo definitivamente não é positivo”, destacam os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel.
Após os dados operacionais na prévia de setembro, os analistas alertam para risco negativo nas projeções do banco e de consenso no balanço trimestral. “Um melhor mix deve compensar parcialmente os volumes mais fracos no terceiro trimestre”, ponderam os analistas.
Ainda, o banco revisou a projeção do volume médio de negociações diárias para 2024 para baixo, a R$ 25 bilhões, o que seria parcialmente compensado por melhores margens.
Os analistas enxergam ainda riscos relacionados ao fim de benefícios fiscais, mas acreditam em uma eventual substituição “por um mecanismo semelhante ao subsídio para capital corporativo (ACE) usado por países europeus – uma melhoria para evitar abusos por parte das empresas”, em referência aos juros sobre o capital próprio.
“Como o payout da B3 é de quase 100% e o benefício fiscal do ACE pode ser baseado no aumento do patrimônio líquido, pode não beneficiá-los muito”, concluem.
Às 12h02 (de Brasília), as ações subiam 0,27%, a R$11,16.