Investing.com - A decisão do Banco Central de reduzir as alíquotas de compulsórios nos depósitos à vista e de poupança impulsionam o desempenho das ações dos bancos nesta quinta-feira na bolsa brasileira. Em análise enviada a clientes, o Bradesco (SA:BBDC4) Banco de Investimentos prevê impacto de 2% nos lucros por conta da medida.
Neste cenário, as ações do Santander (SA:SANB11) avançam 2,17% a R$ 39,04, enquanto as do Itaú Unibanco (SA:ITUB4) saltam 1,26% a R$ 51,27. Já Banco do Brasil (SA:BBAS3) tem valorização de 0,697% a R$ 40,60, enquanto Bradesco ganha 1,04% a R$ 38,88.
O Banco Central decidiu diminuir a quantidade de recursos que os bancos devem obrigatoriamente manter parados, estimando com isso que 25,7 bilhões serão devolvidos ao sistema financeiro, na forma de recursos que poderão ajudar na diminuição do custo de crédito no país.
Em resoluções aprovadas na quarta-feira, o Conselho Monetário Nacional (CMN) diminuiu alíquotas dos compulsórios nos depósitos à vista e de poupança, com vigência efetiva no final de abril, início de maio. Na prática, isso abre margem para que os bancos possam emprestar maior parcela das suas reservas.
Segundo o diretor de Regulação do BC, Otavio Damaso, as mudanças criam condições para potencial redução do spread bancário, que mede a diferença entre o custo de captação e a taxa cobrada pelos bancos ao consumidor final.
"É uma etapa de um processo que está desenhado há muito tempo", disse ele, apontando que as alterações fazem parte da agenda institucional do BC de promoção de crédito mais barato, e dão continuidade à simplificação de regras e readequação dos níveis estruturais dos recolhimentos compulsórios.
A alíquota de recolhimento dos depósitos a vista cairá para 25 por cento, ante 40 por cento anteriormente, informou o BC.
Já a alíquota do encaixe obrigatório dos depósitos da poupança rural passará a 20 por cento, ante 21 por cento. Para as demais modalidades de poupança, essa alíquota do encaixe obrigatório também será de 20 por cento, contra 24,5 por cento anteriormente.
Com Reuters.