Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – Os ADRs do Barclays (NYSE:BCS) (SA:B1CS34) eram negociados com alta de 4,01% às 12h26 (de Brasília) de quarta-feira, cotados a U$ 10,89, depois que o banco anunciou seu maior lucro anual da história, com a demanda por seus serviços de banco de investimentos e consultoria em fusões.
Soma-se aos ganhos nas ações a sua decisão de desembolsar cerca de 1 bilhão de libras (US$ 1,36 bilhão) para a recompra de suas próprias ações e pagamento de dividendos anuais de 4 pence por ação, resultando em um desembolso total para o ano de 2,5 bilhões de libras (US$ 3,4 bilhões) quando somados a pagamentos anteriores.
O lucro do quarto trimestre oriundo de mercados de capitais e serviços de consultoria em fusões subiu 27%, para 956 milhões de libras, à medida que empresas com caixa cheio buscaram comprar outras para preencher lacunas ou se expandir para novas regiões geográficas.
O lucro trimestral atribuível aos acionistas do Barclays saltou mais de cinco vezes, para 1,1 bilhão de libras (US$ 1,5 bilhão). O Barclays, assim como seu concorrente, o HSBC (NYSE:HSBC) e bancos americanos como JPMorgan (NYSE:JPM) (SA:JPMC34) e Goldman Sachs (NYSE:GS) (SA:GSGI34), foi beneficiado por uma melhora no clima econômico. Com a melhora da qualidade dos ativos, o banco liberou mais recursos que mantinha como provisões para contingências. Na terça-feira, o HSBC divulgou lucro trimestral de US$ 2 bilhões no último trimestre.
A receita da negociação de títulos de renda fixa despencou 33%, impulsionada pelo aumento dos rendimentos dos títulos públicos. A receita de ações caiu 8%, num quarto trimestre volátil para os mercados.
Este foi o primeiro resultado trimestral de C.S. Venkatakrishnan como CEO do banco, e o executivo disse que manterá o foco do seu antecessor, Jes Staley, na expansão dos serviços de investment banking, segundo a Reuters.
Ele elencou projetos de digitalização, como uma oferta de financiamento ao consumidor do tipo "compre agora, pague depois" junto com a Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34) na Grã-Bretanha e na Alemanha, além da transição para uma economia de baixo carbono, como suas outras prioridades.
Fazendo eco com os rivais Natwest (NYSE:NWG) e HSBC, o Barclays também fez um alerta em relação às pressões inflacionárias neste ano.