SÃO PAULO (Reuters) - As ações do Banco do Brasil (SA:BBAS3) recuavam ao redor de 3 por cento nesta quinta-feira, reagindo à informação de que o Fundo Soberano vendeu ações da instituição financeira em junho como parte da política de consolidação fiscal.
O Tesouro Nacional afirmou em comunicado que a BB DTVM começou em 29 de junho uma "readequação técnica" do portfólio do Fundo Soberano, "visando tornar a carteira aderente à conjuntura macroeconômica atual".
"A estratégia de elevação da liquidez do portfólio do FFIE (Fundo Fiscal de Investimentos e Estabilização) foi iniciada como medida prudencial em um contexto de política de consolidação fiscal do setor público", disse o Tesouro.
Dados disponíveis na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que o Fundo Soberano vendeu 1 milhão de ações do BB no mês passado, levantando um total de 23,86 milhões de reais.
No fim de junho, o Fundo Soberano ainda tinha 109,650 milhões de papéis do BB, que representavam quase 80 por cento do patrimônio líquido de uma carteira total de 3,36 bilhões de reais.
A fatia do Fundo Soberano no BB era equivalente a 3,86 por cento do capital total do banco em 24 de junho, conforme informações da BM&FBovespa (SA:BVMF3).
O Credit Suisse afirmou em nota a clientes que a notícia era marginalmente negativa para as ações do BB, embora neste momento não fosse possível ter certeza de que a venda continuará.
A agência Bloomberg noticiou mais cedo, citando fonte não identificada, que a venda dos papéis do BB pelo Fundo Soberano faz parte de estratégia do governo federal para de usar recursos do fundo no ajuste fiscal.
Às 15h46, as ações do BB caíam 3,34 por cento, enquanto o Ibovespa tinha variação negativa de 0,04 por cento.
(Por Paula Arend Laier; Reportagem adicional de Luciana Otoni, em Brasília)