SÃO PAULO (Reuters) - Executivos do Banco do Brasil (SA:BBAS3) e da Caixa Econômica Federal rejeitaram nesta quarta-feira planos para eventual incorporação de bancos estaduais, como parte dos esforços de governos regionais para se desfazerem de ativos públicos e reduzirem endividamento.
"O nosso mandato no Banco do Brasil é para nos desfazer de ativos que não guardem sinergia com o banco, não comprar", disse o vice-presidente de finanças e de relações com investidores do BB, Carlos Hamilton, durante evento do BTG Pactual (SA:BPAC11) com investidores.
"Não temos mandato para assumir banco nenhum", disse o vice-presidente de finanças da Caixa, André Laloni, também durante o evento.
Os executivos, que assumiram recentemente como parte de equipes do governo Jair Bolsonaro, com compromisso de reduzir a participação estatal na economia, reafirmaram planos de vender participações em subsidiárias dos dois bancos.
Laloni disse que a Caixa deve vender fatias minoritárias nos negócios de cartões, de gestão de recursos e de seguros, em ofertas iniciais de ações, com listagem na B3 e em Nova York, com ADRs de nível 3.
O executivo da Caixa disse também que o banco vai abandonar a política de empréstimos a grandes empresas.
"A Caixa não será instituição de caridade, principalmente para empresas que têm apoio político", disse ele.
(Por Aluísio Alves)