O Banco do Brasil (SA:BBAS3) (BB) registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,482 bilhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 23,3% na comparação com o mesmo intervalo de 2019. O resultado foi impactado pelo aumento de suas provisões para devedores duvidosos (PCLD), que teve crescimento de 40,5% devido, principalmente, "à constituição de provisões prudenciais de forma preventiva".
"Diante das incertezas econômicas provocadas pela pandemia, o banco constituiu, de forma conservadora, antecipação prudencial de provisões de crédito, em um valor de R$ 2 bilhões neste trimestre, ainda que o índice de inadimplência (operações vencidas há mais de 90 dias) em setembro tenha caído em relação ao trimestre anterior e se situado em 2,43%. No acumulado em 9 meses, as antecipações prudenciais de provisões totalizaram R$ 6,0 bilhões", disse o banco em relatório.
Em relação ao segundo trimestre, o lucro avançou 5,2%. Neste caso, o número foi influenciado, principalmente, pela redução de 6,8% da PCLD ampliada, pelo desempenho positivo das receitas com prestação de serviços que cresceram 4,5%, pelo controle de custos, com redução de 0,2% nas despesas administrativas, bem como a redução das despesas com risco legal.
Nos primeiros nove meses, o lucro líquido ajustado do BB foi de R$ 10,189 bilhões, cifra 22,9% menor que a vista um ano antes. A carteira de crédito ampliada cresceu 6,4% nos últimos 12 meses e alcançou R$ 730,9 bilhões, com destaque para desempenhos dos segmentos Pessoa Física, MPME e Rural, que cresceram 6,2%, 17,9% e 5,3% respectivamente, em meio a estratégia do BB de alteração do mix da carteira.
O BB chama a atenção para o desempenho positivo em crédito consignado, que evoluiu 15,2% em 12 meses. Já a carteira de crédito ampliada PJ cresceu 7,9% na comparação anual e totalizou R$ 274,6 bilhões. Destaque para o crescimento de 17,9% da carteira MPME em 12 meses. A carteira rural aumentou 5,3%, totalizando R$ 173 bilhões. Houve elevação nas linhas de custeio agropecuário (16%) e investimento agropecuário (28,9%).