Investing.com - Para o Banco do Brasil Investimentos (BB-BI), o atual cenário de agravamento da percepção de risco intensificou nos últimos dias. Diante disso, o momento pode ser de oportunidades nas debêntures para capturar a queda do valor de face, visto que houve aumento no risco Brasil e nas taxas pagas pelas empresas
O BB-BI destaca que não apenas o risco medido pelo contrato de 5 anos atingiu o objetivo gráfico de 267 pontos, como também o instrumento de 10 anos tocou a máxima dos últimos 18 meses. O diferencial entre os dois instrumentos, o CDS brasileiro de 5 e o de 10 anos, voltou a subir, registrando um dos níveis mais altos do histórico do derivativo.
Para os analistas, o momento pode ser particularmente propício para estratégias de prazos mais longos, voltadas a captura de yield, mas respeitados os limites de risco, expressos pelos ratings dos emissores.
O banco salienta que ao longo dos últimos 5 anos, o volume financeiro negociado no mercado secundário de debêntures apresentou expressiva volatilidade (em torno da média de R$ 44,5 bilhões por ano), com acentuado declínio de 2014 para 2015. Em médias mensais, a negociação alternou meses com picos superiores a R$ 6,3 bilhões e vales abaixo de R$ 2 bilhões.
A partir do segundo semestre de 2017, o mercado vem registrando uma recuperação dos volumes, especialmente nos meses de outubro a dezembro, mas com destaque para a elevada negociação de PETR25 e PETR35 e para a distorção provocada por apenas 2 operações de FERR19, que concentraram 10,83% do volume total em dezembro de 2017.
O documento mostra ainda que desde os primeiros meses de 2016, os volumes se situaram no patamar inferior à média móvel de 12 meses, até atingir um novo pico em junho 2016, quando a liquidez se mostrou maior, tanto em número de negócios quanto em volume financeiro. Contudo, aos analistas apontaram que apenas 6 operações de RUMO11 responderam por 28% do volume total naquele mês.
Para os analistas, os dois picos registrados em outubro de 2013 e setembro 2014 constituíram movimentos mensais atípicos e pontuais, não se tratando de sazonalidade, apesar da similaridade de datas. Em setembro 2014, houve forte negociação de títulos da Embratel (EBTE12, com 49,56% do volume do mês, e EBTE14, com 26,32%).