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BC da Alemanha confronta passado nazista e promete não repetir erros do passado

Publicado 15.03.2024, 12:18
© Reuters. Vista de Berlim
26/12/2020. REUTERS/Michele Tantussi/FILE PHOTO

FRANKFURT (Reuters) - O banco central da Alemanha confrontou o passado nazista da instituição que o antecedeu em uma nova pesquisa publicada nesta sexta-feira e prometeu que jamais permitirá o antissemitismo ou a discriminação.

O banco publicou uma versão resumida de uma série de volumes ainda inéditos, em um momento em que a extrema-direita está em ascensão na Alemanha, o que tem desencadeado protestos em um país ainda marcado pela história do século 20.

A instituição detalhou como seu antecessor, o Reichsbank, financiou os esforços de guerra de Adolf Hitler, ajudou na exploração de territórios ocupados e esteve envolvido no confisco, expropriação e venda de bens de judeus.

"O Reichsbank atuou como um fantoche e receptor voluntário de bens roubados no contexto do holocausto financeiro", disse Albrecht Ritschl, professor de história econômica da London School of Economics (LSE) e um dos autores da pesquisa.

Fundado em Frankfurt em 1957, o Bundesbank tem pouco em comum com o Reichsbank, que foi extinto após o fim da Segunda Guerra Mundial e inicialmente substituído pelo Bank deutscher Länder.

O ouro do Reichsbank, por exemplo, foi confiscado pelos Aliados. Entretanto, alguns de seus funcionários e, principalmente, oficiais de médio escalão foram contratados pelas novas instituições após passarem por um processo conhecido como "desnazificação".

Impostos pelos Aliados no final da guerra, os critérios para a desnazificação se tornaram mais frouxos depois de 1948, à medida que a Alemanha se integrou mais ao Ocidente e o banco central se esforçou para encontrar funcionários qualificados, revelaram os pesquisadores.

"O grau de continuidade em termos de o que poderíamos chamar a elite funcional está, portanto, no mesmo nível do observado em ministérios e outras instituições públicas", disse o autor Magnus Brechtken, vice-diretor do Instituto de História Contemporânea em Munique.

O presidente do banco central, Joachim Nagel, espera que o livreto de 100 páginas chegue ao público em geral e prometeu aprender lições com ele.

© Reuters. Vista de Berlim
26/12/2020. REUTERS/Michele Tantussi/FILE PHOTO

"Nunca mais deve haver antissemitismo na Alemanha", disse ele, repetindo um slogan usado em manifestações recentes contra a extrema-direita.

"Nunca mais minorias devem ser excluídas e submetidas à tirania do Estado, nunca mais órgãos governamentais, como o banco central, devem ter permissão para atropelar os valores democráticos", acrescentou Nagel.

(Por Francesco Canepa)

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