Nova York, 25 fev (EFE).- O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta segunda-feira em Nova York que a autoridade monetária tem que "seguir com cuidado" o aumento da inflação, mas disse acreditar que ela vai começar a diminuir na segunda metade do ano.
"Nos últimos meses, a inflação foi mais resistente do que gostaríamos, mas ao mesmo tempo há um número de fatores que poderiam ajudar a reduzí-la na segunda metade do ano", afirmou Tombini em um encontro com investidores no Harvard Club, em Manhattan.
Entre esses possíveis fatores, ele citou as abundantes colheitas de grãos previstas para este ano no Brasil, que segundo sua opinião ajudarão a frear o aumento dos preços dos alimentos.
Em todo caso, Tombini disse nesse encontro que o BC "foi bastante claro ao reconhecer que a inflação esteve sob pressão", e acrescentou que o banco vai monitorar "com cuidado" a evolução dos preços.
No começo do mês, o governo anunciou que a inflação do país chegou a 0,86% em janeiro, o que representa o índice mais alto para o primeiro mês do ano desde 2003 e eleva a taxa anualizado a 6,15%, pressionada principalmente pelos preços dos alimentos.
A taxa está acima da meta do Banco Central, de 4,5% anual, embora dentro da margem de tolerância, que é de 2 pontos percentuais.
Perguntado sobre a chamada "guerra de divisas", que recentemente se transformou em um tema central em fóruns econômicos internacionais como o G20, Tombini respondeu que o Brasil "aprendeu a operar neste entorno" e iniciou as políticas necessárias para "garantir a estabilidade". EFE