SIDNEY (Reuters) - A BHP Billiton planeja elevar os investimentos em exploração em 29 por cento no próximo ano, direcionando quase toda a verba de 900 milhões de dólares à busca por petróleo e cobre, conforme grandes mineradoras apostam em um pequeno grupo de commodities para apoiar sua expansão.
As mineradoras se preocupam com a produção futura mesmo em anos de grande excesso de oferta, mas o movimento de uma das maiores mineradoras do mundo de ampliar os investimentos em exploração sinaliza uma mudança ante as fusões e aquisições que alguns no mercado esperavam que fossem guiar o crescimento após a derrocada dos preços de seus produtos.
A BHP e suas rivais, como Rio Tinto (LON:RIO) e Glencore (LON:GLEN), não descartaram futuras aquisições, mas disseram que há poucos projetos de qualidade à venda no mercado por preços justos, o que deixa poucas opções de expansão que não a exploração.
"As companhias operam em um mundo cíclico e isso é se preparar para o crescimento de longo prazo", disse o analista da Eagle Mining Research, Keith Goode.
Na BHP, o orçamento de exploração representa cerca de 18 por cento dos investimentos totais previstos, de 5 bilhões de dólares.
A Rio Tinto, que não opera no negócio de petróleo, focará grande parte de seu time de exploração com 500 pessoas na descoberta de cobre, que está em um momento de baixa, mas cuja oferta deve ter déficit ao final da década, segundo projeções.
A BHP já é a segunda maior mineradora de cobre do mundo, mas em petróleo a companhia é apenas um produtor de médio porte.
A maior parte do orçamento da empresa vai para a exploração convencional de petróleo, com cerca de 25 por cento sendo direcionado ao cobre, segundo analistas.
"A BHP está deixando claro que o petróleo e o cobre estão no topo da lista em potencial de crescimento", disse o analista de mineração da Shaw and Partners, Peter O'Connor.
(Por James Regan)