Por Melanie Burton
MELBOURNE (Reuters) - A mineradora global BHP informou um aumento de 25 por cento nolucro semestral subjacente nesta terça-feira, e entregou mais 800 milhões de dólares aos acionistas, mas ficou aquém das previsões dos analistas e o aumento dos custos também pressionou as ações.
Todas as principais mineradoras se recuperam fortemente à medida que os preços das commodities se recuperaram da queda de 2015-16.
A rival mais próxima da BHP, Rio Tinto (LON:RIO), no entanto, tem o melhor balanço, dizem os analistas, e na semana passada distribuiu um dividendo recorde ao anunciar resultados anuais.
A BHP também está lutando com o investidor Elliott Advisors, que fez uma série de exigências que diz que aumentariam os retornos dos acionistas.
O presidente-executivo, Andrew Mackenzie, disse que a mineradora deverá impulsionar o fluxo de caixa livre em cerca de 7 bilhões no segundo semestre, ante 5 bilhões de dólares no primeiro semestre, se os preços à vista de suas commodities permanecerem nos níveis atuais.
"Estas são bases muito fortes e nos posicionam bem para o restante do ano financeiro de 2018", disse ele em teleconferência com jornalistas.
O lucro subjacente para o semestre encerrado em 31 de dezembro subiu para 4,05 bilhões de dólares, ante 3,24 bilhões de dólares um ano atrás, mas ficou abaixo das previsões do mercado de cerca de 4,3 bilhões de dólares, em pesquisa da Thomson Reuters I/B/E/S.
A ação da BHP recuava quase 4 por cento em Londres.
O dividendo intermediário de 0,55 dólar por ação, equivalente a um índice de pagamento de 72 por cento, subiu em relação ao 0,40 dólar por ação há um ano.
"O dividendo é melhor do que o que esperávamos, de modo que certamente foi uma surpresa positiva", disse Andy Forster, diretor de investimentos da Argo Investments, um dos 20 maiores acionistas das ações australianas da BHP.
(Por Melanie Burton