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BM condiciona crescimento mundial ao fim da crise do euro

Publicado 12.06.2012, 15:52
Atualizado 12.06.2012, 16:07

Jairo Mejía.

Washington, 12 jun (EFE).- O Banco Mundial (BM) manteve nesta terça-feira suas perspectivas de fraco crescimento mundial para este ano em 2,5% devido ao aumento das tensões na zona do euro, e condicionou o progresso dos países emergentes à evolução da Europa.

Em seu relatório "Perspectivas Econômicas Mundiais", o BM não modificou seus cálculos para este ano, mas rebaixou ligeiramente em relação a janeiro o crescimento mundial de 2013 para 3%, e advertiu sobre as repercussões globais do processo de "desendividamento dos bancos europeus e as renovadas alterações na Europa de receitas altas".

O BM, que foca o estudo nas repercussões da economia global para os países em desenvolvimento, indica que 2012 começou com dados positivos em produção industrial, comércio e fluxos de capital, mas, desde o início de maio, "esses progressos são questionados" pela volta dos temores sobre a zona do euro.

"Uma alta das tensões na Europa de altas receitas prejudicou os lucros conseguidas durante os primeiros quatro meses deste ano, que experimentaram um rebote da atividade econômica tanto em países em desenvolvimento quanto avançados", assinalou o relatório.

O organismo internacional advertiu sobre um longo período de "instabilidade econômica" lastrado pela zona do euro e pelo esfriamento da economia chinesa. Ele pediu aos países em desenvolvimento - que mantiveram sólidos dados macroeconômicos em 2011 - que "fortaleçam seus fundamentos econômicos" para evitar tempos piores.

"Dentro do possível, os países em desenvolvimento devem agir para diminuir vulnerabilidades, reduzindo suas dívidas a curto prazo e o déficit fiscal e recuperando uma política monetária mais neutra", afirmou Andrew Burns, coordenador do estudo.

O BM também reduziu em um décimo as perspectivas de economias em desenvolvimento, cujo Produto Interno Bruto (PIB) conjunto crescerá 5,3% em 2012 e 5,9% em 2013.

A instituição multilateral lembrou que essas economias estão expostas aos altos preços do petróleo, queda das remessas, do turismo e do custo de matérias-primas, ao passo que enfrentam as repercussões dos problemas na Europa.

O relatório lembrou que, atualmente, as grandes economias emergentes estão perto ou acima de seu potencial de crescimento, por isso não poderão contribuir como antes para a recuperação global se a situação em nível global piorar.

Para a Europa da zona do euro, o BM espera uma contração de 0,3% neste ano e um fraco crescimento de 0,7% em 2013 e uma alta a 1,4% em 2014.

"Se a situação na Europa se deteriorar rapidamente, as regiões em desenvolvimento não ficarão isentas", alertou o relatório, que recomendou aos países emergentes um maior equilíbrio fiscal e advertiu que a crise bancária europeia pode afetar o crescimento e os fluxos de capital em economias emergentes.

"O ritmo de desendividamento é esperado para ser lento e as condições creditícias provavelmente se manterão restritas nos próximos anos", indicou o relatório em referência aos bancos europeus, que, segundo ele, é essencial para o financiamento do comércio internacional.

A América Latina e a região do Caribe crescerão neste ano quase um ponto percentual abaixo de 2011, ao avançar 3,5% e se manter em uma expansão do PIB em torno de 4% nos dois próximos anos.

A região da Ásia-Pacífico, o motor do crescimento mundial após a crise de 2008, manterá um caminho de "moderação econômica" ao crescer 7,6% em 2012, abaixo dos 8,3% do ano passado, nível ao qual se aproximará em 2013 com um avanço de 8,1%.

O freio no crescimento da China será a causa deste esfriamento, já que a segunda economia mundial crescerá 7,2% neste ano, à espera de que no próximo ano o gigante asiático aproveite um aumento no volume de trocas comerciais de bens para avançar 8,1%.

Para os Estados Unidos, o relatório reduziu um décimo percentual suas previsões de crescimento, agora em 2,1% neste ano, e manteve sua perspectiva de 2,4% de avanço em 2013, mas alertou sobre os altos níveis de dívida pública e déficit, problema que também ressaltou no caso do Japão. EFE

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