Por Dhirendra Tripathi
Investing.com -- As ações da Boeing (NYSE:BA) (SA:BOEI34) recuavam 3,24% às 12h58 (de Brasília) desta quarta-feira, cotadas a U$ 197,48, após os investidores se concentrarem no primeiro fluxo de caixa positivo da empresa desde o primeiro trimestre de 2019. O BDR caía 1,57%, a R$1079,30.
O fluxo de caixa operacional do trimestre de dezembro foi de US$ 716 milhões após a companhia gerar pedidos comerciais robustos, incluindo vendas recordes de cargueiros, além de tomar passos para gerar maior liquidez.
A empresa fechou o ano com uma lista de encomendas de US$ 377 bilhões, US$ 10 bilhões maior que no período de três meses até dezembro, com os preparativos dos seus clientes para a retomada de viagens após dois anos de pandemia.
Problemas com seu avião 787 Dreamliner continuam a impactar a rentabilidade da companhia. A Boeing registrou US$ 3,5 bilhões em encargos não-monetários antes de impostos à medida que intensifica seus esforços para trazer as aeronaves de volta à operação.
A Reuters publicou na semana passada que as entregas dos 787 devem permanecer paralisadas até abril, com a análise das entidades regulatórias dos EUA das falhas de produção, enquanto o projeto do 777X, de maior porte, enfrenta maior resistência regulatória na Europa.
Entre outras aeronaves no catálogo de aviões, o 737 MAX, que também sofreu com sua parcela de questões de defeito, está sendo fabricado atualmente a uma taxa de 26 unidades por mês, segundo a Boeing, com avanços para uma taxa de 31 aeronaves por mês no início de 2022.
A Boeing disse que, desde a aprovação da FAA em novembro de 2020, ela retomou as operações das aeronaves em quase todos os mercados globais, exceto pela China, onde os órgãos regulatórios do país emitiram uma diretiva de aeronavegabilidade no mês passado definindo as mudanças exigidas para que suas companhias aéreas preparem suas frotas para operação.
A receita do quarto trimestre da Boeing caiu 3%, ficando abaixo de US$ 15 bilhões, sob o impacto de uma queda de 14% na receita de defesa, espaço e segurança.
O lucro ajustado por ação caiu quase pela metade, para US$ 7,69, refletindo os menores encargos e maiores volumes comerciais.