A Boeing (NYSE:BA) é confrontada com uma acusação de fraude do Departamento de Justiça dos EUA relacionada a dois acidentes fatais. O governo deu à gigante aeroespacial até o final desta semana para aceitar um acordo de delação premiada ou se preparar para um julgamento. Este desenvolvimento surge após a determinação do Departamento de Justiça de que a Boeing violou um acordo de 2021 que a protegia de processos relacionados com os acidentes de 2018 e 2019 que causaram 346 mortes.
O acordo de 2021 estipulou que a Boeing não enfrentaria processo se cumprisse certas condições ao longo de três anos, incluindo a revisão de suas práticas de conformidade e a apresentação de relatórios regulares. No entanto, uma emergência em pleno voo em 5 de janeiro, que ocorreu pouco antes do vencimento deste acordo, levou à ação recente do Departamento de Justiça.
O acordo de delação proposto inclui uma penalidade financeira de US$ 487,2 milhões, com a Boeing recebendo crédito por penalidades anteriores, efetivamente reduzindo pela metade o valor. O acordo também prevê que a Boeing seja colocada em liberdade condicional por três anos e que organize reuniões entre seu conselho e as famílias das vítimas do acidente. Além disso, inclui a nomeação de um monitor independente para supervisionar as práticas de segurança e conformidade da Boeing durante o período do período de experiência.
De acordo com Franklin Turner, advogado de contratos do governo, uma condenação por crime poderia afetar significativamente a capacidade da Boeing de garantir contratos governamentais, que são uma parte substancial de sua receita. A Boeing poderia solicitar isenções para continuar contratando com departamentos e agências governamentais, mas não está claro se o acordo facilitaria esse processo.
Se a Boeing aceitar o pedido, também poderá estar sujeita a pagamentos de restituição, cujo valor seria determinado por um juiz. Isso se soma aos US$ 2,5 bilhões que a empresa pagou em 2021, que incluíram uma penalidade criminal e indenização para clientes e famílias de vítimas do acidente.
A nomeação de um monitor federal, uma prática que tem sido usada novamente sob o governo do presidente Joe Biden, implicaria uma empresa externa auditando as operações da Boeing por três anos, com os custos arcados pela empresa.
É importante notar que o pleito não concederia imunidade à Boeing por qualquer outra conduta, incluindo o incidente de 5 de janeiro, deixando a empresa aberta a riscos futuros e potenciais desafios legais.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.