(Reuters) - A Boeing (NYSE:BA), faltando apenas alguns dias para o fim de 2024, anunciou nesta quinta-feira seu maior pedido firme de aviões comerciais do ano, de 100 jatos 737 MAX, feito pela companhia aérea de baixo custo turca Pegasus Airlines.
O pedido inclui opções para outros 100 jatos 737 MAX 10.
O valor do negócio é de 5,85 bilhões de dólares após descontos típicos do setor, segundo preços de entrega estimados pela britânica Cirium Ascend. As ações da Boeing subiam 2,6%.
O pedido é um impulso bem-vindo para a fabricante de aviões norte-americana, que iniciou o ano enfrentando um incidente em pleno o voo com um de seus 737 MAX.
O caso levou a uma supervisão regulatória mais rigorosa, que expôs problemas de segurança e qualidade de produção da companhia, que ainda enfrentou uma greve que paralisou quase toda sua produção de jatos por sete semanas.
A empresa levantou 25 bilhões de dólares para fortalecer suas finanças abaladas.
Ao fim da greve, a Boeing retomou cautelosamente a produção do 737 no início de dezembro, conforme noticiado pela Reuters.
Com o pedido da aérea Pegasus, a Boeing tem pedidos para mais de 4.300 737s, incluindo mais de 1.200 para o 737-10, o maior modelo da família MAX, de acordo com a empresa.
Entretanto, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos ainda não certificou o MAX 10 e o modelo menor, MAX 7, devido a problemas relacionados ao sistema antigelo do motor.
As entregas devem começar em 2028, segundo a Pegasus. Os fabricantes de aviões recebem a maior parte do dinheiro quando o jato é entregue ao cliente.
A companhia aérea considerará a conversão de suas opções para mais 100 aeronaves MAX 10 em pedidos firmes nos próximos anos, dependendo das condições do mercado e das necessidades da frota, disse o presidente-executivo da Pegasus Airlines, Güliz Öztürk, em um comunicado.
(Reportagem de Abhijith Ganapavaram em Bengaluru)