😎 Promoção de meio de ano - Até 50% de desconto em ações selecionadas por IA no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Boeing vê Brasil na liderança de combustível sustentável

Publicado 25.04.2022, 05:49
© Reuters Boeing vê Brasil na liderança de combustível sustentável
BA
-

O setor aéreo traçou metas ousadas para reduzir as emissões de carbono nas próximas décadas e, para alcançar esse objetivo, as empresas consideram essencial a ampla adoção do combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês). Neste contexto, a americana Boeing (NYSE:BA) acredita que o Brasil pode ser um dos grandes protagonistas na produção do insumo, não só para o abastecimento do mercado interno como também para atender a pedidos de exportação.

De acordo com o vice-presidente da Boeing para América Latina e Caribe e diretor-geral da companhia no Brasil, Landon Loomis, o País tem um papel de liderança "óbvia" neste cenário. "O Brasil desenvolveu seu próprio combustível na década de 1970 com a crise do petróleo. É o segundo maior produtor de biocombustível do mundo, maior que os próximos oito combinados. É disso que precisamos na corrida pelo SAF", disse o executivo, em entrevista ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Ele afirma que, embora a companhia esteja trabalhando em projetos de aeronaves elétricas e a hidrogênio, metade das emissões dos voos ao redor do mundo vem de rotas de longo curso, que não são candidatas a esse tipo de tecnologia. "Esta não é uma posição só da Boeing, é do setor. Como tirar o carbono do sistema? Com SAF, mas hoje menos de 2% dos voos no mundo são feitos com o combustível, o problema é a escala."

Loomis relata que a Boeing vem trabalhando com SAF há cerca de 10 anos no Brasil, patrocinando projetos de universidades e entidades ligadas à pesquisa. "O País poderia produzir oferta suficiente para toda a sua demanda doméstica e ainda exportar."

Conforme o executivo, a companhia se comprometeu a certificar aviões para operar com 100% SAF até 2030, embora ele admita que não haverá oferta suficiente no mundo para que todos os aviões rodem com o combustível. Neste sentido, a Boeing vem trabalhando junto à Federal Aviation Administration (FAA, a agência de aviação dos EUA) para garantir que todas as aeronaves possam rodar integralmente com o combustível sustentável ao fim da década.

"Existe um limite regulatório de 50% ao redor do mundo. Estamos trabalhando para ampliar esse índice para 100%."

Alta do petróleo força renovação de frota

Enquanto as companhias aéreas tentam recuperar margens e recompor a taxa de ocupação, as fabricantes de aeronaves buscam estimular a renovação da frota, tendo como pano de fundo o aumento das cotações do petróleo depois da guerra na Ucrânia. "Com o desafio do aumento de preços dos combustíveis, as aéreas precisam de produtos mais eficientes", diz o vice-presidente da Boeing para América Latina e Caribe e diretor-geral da companhia no Brasil, Landon Loomis.

Por outro lado, um efeito colateral da guerra - que se soma aos impactos da pandemia - é o aumento substancial dos preços dos insumos. O executivo não comenta negociações com clientes e fornecedores, mas afirma que a companhia está em contato constante com empresas da cadeia de suprimentos para administrar essa situação. Ele afirma ainda que esta não é a primeira vez que a companhia precisa lidar com uma crise ligada à Rússia.

"O titânio é um componente crítico para nós, mas desde a última invasão à Ucrânia (Crimeia), em meados de 2014, iniciamos um processo de não depender mais do insumo proveniente da Rússia", afirmou ele.

Em sua avaliação, as projeções de retomada do setor vão se confirmar. "Os preços do combustível são uma parte importante dos custos dos nossos clientes, é um desafio com que eles precisam lidar, mas sempre operamos em um cenário de desafios." Ele lembra que, antes da pandemia, o setor transportava 4,5 bilhões de passageiros. "Em 2050, teremos 10 bilhões de passageiros globalmente, vamos continuar crescendo."

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.