Por Sam Boughedda
Os planos de reestruturação da General Motors (NYSE:GM) e da Ford Motor (NYSE:GM) são capítulos de uma transição “Core to Future”, nas palavras dos analistas do Bank of America (NYSE:BAC), em uma nota emitida aos clientes nesta segunda-feira, 13.
Os analistas, que mantiveram a recomendação de compra em ambas as montadoras, afirmaram que seus planos, apesar de necessários, não eram uma grande novidade.
“Nos últimos dias, a General Motors forneceu mais detalhes sobre seu plano de redução de custos, assim como a Ford, que lançou um plano de reestruturação abrangente”, acrescentaram.
“É preciso ressaltar que tais esforços de corte de custos não são novos na indústria automotiva, mas, diante da volatilidade macro e da necessidade cada vez maior de investir na transição para veículos elétricos (VEs), é mais importante do que nunca que as empresas maximizem suas operações centrais para financiar o futuro", complementaram.
A GM busca reduzir em US$ 2 bilhões seus custos fixos anuais até 2024, com 30% a 50% disso ocorrendo em 2023 e o restante em 2024, além de anunciar um plano de demissão voluntária em 9 de março.
“A Ford se comprometeu a implementar um sistema de operação mais enxuto para eliminar bilhões de dólares em custos. Embora a montadora não tenha fornecido um novo plano de reestruturação coeso, começam a aparecer mais informações, como a recente notícia de que pretende cortar 1.100 empregos em sua fábrica de Valência, na Espanha”, explicaram os analistas
“Mantemos nossa recomendação de compra em GM e Ford, na medida em que as empresas continuam executando seus programas de Core to Future”, continuaram. “A atual execução e força da GM em sua atividade principal lhe permitem acelerar os investimentos em veículos elétricos e autônomos, tornando-a à prova de futuro".
“A Ford, enquanto isso, está reposicionando agressivamente seu modelo de negócios, aproveitando-se da força conjunta dos negócios de Ford Blue e Ford Pro para financiar seus negócios ‘Model e’ em rápido crescimento, juntamente com a tecnologia conectada vital”.