As bolsas da Europa fecharam com viés de baixa nesta terça-feira, 26, ainda sob a perspectiva de que as taxas de juros globais permanecerão altas por mais tempo. As preocupações com a desaceleração economia da China também pesaram no sentimento dos investidores europeus.
Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em alta marginal de 0,02%, aos 7625,72 pontos; em Frankfurt, o DAX caiu 0,97%, aos 15255,87 pontos; em Paris, o CAC 40 recuou 0,70%, aos 7074,02 pontos; em Milão o FTSE MIB perdeu 1%, aos 28098,88 pontos; em Madri, o Ibex 35 cedeu 0,94%, aos 28,115.35 pontos; e, em Lisboa, o PSI 20 teve perdas de 0,29% aos 6101,58 pontos. As cotações são preliminares.
O desempenho majoritariamente negativo das praças europeias acompanha um pregão no vermelho em Nova York e um fechamento em queda das bolsas da Ásia.
Os sinais dos dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de que pretendem manter a política monetária em níveis restritivos contribuem para a aversão a risco globalmente desde semana passada, quando houve decisões de juros de vários bancos centrais - inclusive o americano.
"Temores com o setor imobiliário da China não ajudaram o sentimento depois que o Evergrande (OTC:EGRNY) Group disse que estava com dificuldades para organizar um processo para reestruturar sua dívida", comentou a CMC Markets.
Um dos setores afetados nas bolsas europeias hoje foi o de bens de luxo. Kering (EPA:PRTP) caiu 2%, LVMH (Louis Vuitton) cedeu 1,67% e Hermes International recuou 1,44% em Paris.
As empresas europeias de luxo registraram uma diminuição da demanda da China durante o verão local, mas o mercado chinês deverá apoiar crescimento do setor projetado para o próximo ano, disse o Morgan Stanley (NYSE:MS) em relatório. No entanto, a menor demanda chinesa nos próximos cinco a 10 anos irá provavelmente afetar o crescimento da maioria das empresas de luxo, falaram os analistas do banco.
O índice de Londres recebeu apoio durante a sessão das ações do banco Barclays (LON:BARC) (+3,84%), após o Morgan Stanley elevar sua recomendação de compra. A varejista Ocado também se destacou, com alta de 3,59%.
*Com informações da Dow Jones Newswires