As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta quarta-feira, 16, após a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sugerir possibilidade de mais aperto à frente e, assim, agravar a aversão ao risco em Wall Street.
O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,52%, aos 34.765,74 ponto; o S&P 500 recuou 0,76%, aos 4.404,33 pontos; e o Nasdaq caiu 1,15%, aos 13.474,63 pontos.
As bolsas firmaram queda à tarde, após abertura mista, e aceleraram perdas na esteira do documento da reunião de política monetária de julho do Fed.
"A ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) mostra que existe uma certa divisão entre os membros do comitê", comentou o economista-sênior do Inter André Cordeiro. A maioria dos dirigentes indicou continuar vendo riscos de alta de inflação, que poderiam justificar mais aperto à frente, mas alguns ressalvaram que era necessário ponderar risco de arrocho monetário exagerado.
Pela manhã, os investidores acompanharam a divulgação de números de construções de moradias e de produção industrial nos EUA, que vieram ambos com leituras maiores que o previsto por analistas, em mais um evidência de resiliência econômica que pode atrapalhar os planos do Fed.
O setor bancário foi um dos que se deterioraram com a ata do Fed. O Bank of America (NYSE:BAC) caiu 2,17%, o Citigroup (NYSE:C) cedeu 1,32%, o Wells Fargo (NYSE:WFC) perdeu 1,19%, o Goldman Sachs (NYSE:GS) teve queda de 0,93%, o JPMorgan (NYSE:JPM) recuou 0,42% e o Morgan Stanley (NYSE:MS) cedeu 0,20%.
Puxando a baixa do Dow Jones, a Intel (NASDAQ:INTC) caiu 3,57%, depois de informar que não conseguiu aval regulatório da China para concluir a aquisição israelense Tower Semiconductor. Com isso, a gigante de tecnologia terá de pagar US$ 353 milhões, conforme combinado em contrato, à Tower.
A maioria das big techs fechou em queda, a exemplo da Meta (-2,54%), da Amazon (NASDAQ:AMZN) (-1,89%) e da Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (-0,83%).