Redação Central, 8 fev (EFE).- As principais bolsas europeias sofreram fortes quedas nesta segunda-feira em uma jornada na qual acompanharam com preocupação uma nova baixa nos preços do petróleo, a piora dos mercados periféricos de dívida e as dúvidas que pairam sobre a situação econômica mundial.
Todas estas razões, mais a queda acentuada da bolsa de Atenas diante da incerteza política na Grécia, levaram os principais mercados europeus cair até 4,69%, como foi o caso do índice FTSE MIB, de Milão.
Já a bolsa de Madri despencou 4,44% - sua queda mais acentuada desde o fim de agosto do ano passado - e voltou a um patamar semelhante ao da metade do ano de 2013. Outros recuos que marcaram esta segunda foram os das bolsas de Paris(-3,2%), Frankfurt (-3,3%) e Londres (-2,71%).
Apesar de hoje não ter sido um dia com referências macroeconômicas de grande impacto, e com os mercados chineses fechados devido ao feriado de ano novo lunar, entre os investidores voltou a pesar o pessimismo sobre a recuperação da economia mundial.
Joaquín Robles, analista da corretora XTB, explicou que a queda do preço do petróleo - em 33 dólares -, além da desaceleração da China, onde hoje se soube que as reservas de divisas do país caíram em janeiro para seu menor nível desde 2012, "confirmam uma possível deflação" em muitas economias.
A isso se uniram os dados conhecidos na sexta-feira sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, que indicaram que a recuperação do país não é tão robusta como se pensava.
Os analistas consideram que o mercado já desconta que o Federal Reserve dos EUA (Fed) subirá as taxas de juros, o que representa que a economia não está preparada para suportar um aumento do valor do dólar.
Por sua vez, o pânico nos mercados de dívida ocorre em consequência de os investidores, após a volatilidade e incerteza na renda variável, decidirem se refugiar em valores seguros como o euro e os títulos do tesouro alemão, cuja rentabilidade caiu para 0,218%.