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Bolsas NY fecham em queda de 1%, com parcimônia em falas de membros do Fed e tensão geopolítica

Publicado 04.04.2024, 14:31
Atualizado 05.04.2024, 04:40
© Reuters.  Bolsas NY fecham em queda de 1%, com parcimônia em falas de membros do Fed e tensão geopolítica
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As bolsas de Nova York fecharam em queda, nesta quinta-feira, 4, com piora do clima no final do pregão e venda generalizada de ações. O Dow Jones derreteu 530 pontos. A deterioração do sinal ocorreu após falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) ampliarem a incerteza sobre o espaço para o corte da taxa de juros nos Estados Unidos, enquanto o recrudescimento das tensões geopolíticas puxou os preços do petróleo e gerou a busca pela segurança dos Treasuries, pressionando os rendimentos para baixo. A movimentação antecedeu ainda a divulgação na sexta-feira dos dados do mercado de trabalho de março nos EUA.

O índice Dow Jones encerrou a sessão em baixa de 1,35%, aos 38.596,98 pontos; o S&P 500 cedeu 1,23%, aos 5.147,21 pontos; e o Nasdaq perdeu 1,40%, aos 16.049,08 pontos.

A desinflação nos EUA deve acontecer em ritmo mais lento do que o visto no último trimestre de 2023, afirmou a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, nesta tarde. Segundo ela, haverá "apoio notavelmente menor do lado da oferta" do que no ano passado, e por isso a inflação desacelerará a ritmo bem mais gradual. Sem poder de voto, o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou que previu, nas projeções de março do Fed, dois cortes de juros para este ano, mas acrescentou que, caso a inflação perdure na faixa atual, isso poderia levá-lo a se questionar se seria adequado levar adiante o plano neste ano.

Os comentários antecedem a divulgação do relatório do mercado de trabalho, o payroll, na sexta-feira. A economia dos EUA deve ter criado 200 mil vagas em março, segundo a mediana dos 27 analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast. Caso se confirme, o número representará desaceleração, após os 275 mil postos de trabalho criados em fevereiro no país.

O clima pesado também veio do lado geopolítico, com notícias de preparativos de Israel para uma potencial retaliação do Irã a ataque a uma representação diplomática.

As empresas petrolíferas exibiram resistência diante do avanço do petróleo, o que induziu o Brent a retomar o patamar de US$ 90 pela primeira vez desde outubro.. A Exxon Mobil (NYSE:XOM) subiu 0,35% e a Chevron (NYSE:CVX), 0,16%.

Do lado oposto, as companhias aéreas ficaram entre os destaques negativos em Wall Street. A United Airlines (NASDAQ:UAL) perdeu 3,14% e a American Airlines (NASDAQ:AAL) teve queda de 2,26%.

A Intel (NASDAQ:INTC) caiu 1,49%, estendendo o recuo de 8,22% da sessão de quarta-feira, ainda sob o efeito do anúncio de que a unidade de fabricação de chips semicondutores da companhia amargou prejuízo de US$ 7 bilhões no ano passado. Entre as titãs de tecnologia, a Apple (NASDAQ:AAPL) perdeu 0,45% e a Microsoft (NASDAQ:MSFT), -0,61%.

Os bancos também foram punidos por vendas, com o Goldman Sachs (NYSE:GS) e o Bank of America (NYSE:BAC) fechando em baixa de 1,87% e 1,39%, respectivamente.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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