TORONTO (Reuters) - A Bombardier não recebeu encomendas para seu novo jato CSeries nesta semana no Paris Airshow, outro revés do programa muito atrasado, em meio a sinais de maior desaceleração no mercado de jatos comerciais.
Apesar da falta de novas encomendas, a fabricante canadense se disse satisfeita por ter mostrado dois planos de teste e disse que o jato CSeries está batendo metas de economia de combustível e eficiência importante métricas na indústria.
Mesmo excluindo o CSeries, Paris não foi generosa para a Bombardier, que teve apenas um novo pedido firme na feira, de seis turboélices Q400 para a também canadense WestJet.
Enquanto isso, a Embraer (SA:EMBR3) anunciou 50 pedidos firmes para jatos regionais, e a fabricante de aviões regionais ATR, parceria da Airbus com a Finmeccanica, anunciou 46.
A nova gestão da Bombardier minimizou expectativas para a feira, mas os investidores esperavam pelo menos algumas ordens. O presidente-executivo Alain Bellemare assumiu em fevereiro, e o novo presidente jatos comerciais, Fred Cromer, em abril.
Os CSeries é o maior avião da Bombardier, o que e coloca em competição com Airbus, Boeing, Embraer e ATR, num mercado em que os clientes muitas vezes preferem comprar novas versões dos jatos que já possuem para minimizar os custos de manutenção.
A eficiência é um trunfo do CSeries, mas anos de atrasos deram a Airbus e Boeing tempo para desenvolver o A320neo mais eficiente e a famílias 737 MAX, corroendo essa vantagem.
(Reportagem de Victoria Bryan)