SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa firmava-se no vermelho nesta segunda-feira, com as ações da Vale (SA:VALE5) entre as maiores pressões negativas, seguindo o recuo dos preços do minério de ferro à vista na China, e com os papéis da Petrobras (SA:PETR4) reduzindo o fôlego do começo da sessão.
Às 11:41, o Ibovespa caía 0,31 por cento, a 64.397 pontos. Mais cedo, na máxima, subiu 0,5 por cento.
O volume financeiro do pregão era de 1,26 bilhão de reais.
Investidores também seguem monitorando desdobramentos relacionados à reforma da Previdência no Brasil e a evolução do quadro geopolítico no exterior.
Em nota a clientes, a consultoria Arko disse que a recente movimentação proativa do governo e o envolvimento direto do presidente Michel Temer devem ser suficientes para a aprovação da proposta.
A equipe da Verde Asset Management, contudo, enxerga "com bastante preocupação os sinais vindos de Brasília nas últimas semanas" em relação à reforma, citando, entre outros fatores, que "o conteúdo da reforma tem sido sistematicamente aguado".
Também repercutia no pregão desta segunda-feira pesquisa Focus com nova queda na expectativa para a taxa básica de juros no final deste ano e o recuo do IGP-M na primeira prévia de abril.
DESTAQUES
- PETROBRAS mostrava as preferenciais e as ordinárias com acréscimos de 0,54 e 0,46 por cento, respectivamente, abandonando as máximas vistas mais cedo, embora o petróleo seguisse em alta após outro fechamento no maior campo de petróleo da Líbia e diante da maior tensão a respeito da Síria, após o ataque de mísseis dos Estados Unidos.
- VALE tinha as PNAs e as ONs com declínios de 1,34 e 1,85 por cento, respectivamente, em sessão de recuo nos preços do minério de ferro à vista na China, enquanto as siderúrgicas também firmaram-se em queda, com USIMINAS (SA:USIM5) PNA ao redor da estabilidade, GERDAU (SA:GGBR4) PN em baixa de 1,33 por cento e CSN (SA:CSNA3) em queda de 1,37 por cento.
- NATURA avançava 1,07 por cento, engatando o quarto pregão seguido de alta. A empresa realiza encontro com analistas na terça-feira.
- ELETROBRAS ON recuava 1,97 por cento, na ponta negativa do Ibovespa, tendo no radar decisão liminar da Justiça do Distrito Federal que permite à CSN não pagar indenizações às transmissoras de energia por meio da tarifa, conforme reportagem do jornal Valor Econômico.
(Por Paula Arend Laier)