SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista perdeu fôlego nesta sessão, passando a operar sem viés firme, diante do noticiário em torno das negociações para colocar em votação a reforma da Previdência.
Às 12:18, o Ibovespa subia 0,12 por cento, a 72.820 pontos. O giro financeiro era de 1,45 bilhão de reais.
Após uma abertura mais otimista, com algum alívio em relação às articulações do governo para garantir o apoio necessário à reforma, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que é "difícil" votar a reforma da Previdência na Casa na semana que vem e afirmou que só pautará a proposta caso existam garantias "muito claras" de que ela será aprovada pelos deputados.
Também no noticiário desta manhã, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), indicado como ministro da Secretaria de Governo pelo presidente Michel Temer, disse que ainda busca entre 40 e 50 votos favoráveis à reforma. [nL1N1OB0MK]
As ações da JBS (SA:JBSS3) seguiam entre os destaques negativos do Ibovespa, tendo no radar a operação da Polícia Federal baseada nas delações premiadas de executivos da JBS que apontam o pagamento de 160 milhões de reais em propina para facilitar a liberação pela Receita Federal de créditos tributários à empresa.
Petrobras PN (SA:PETR4) subia 0,72 por cento e Petrobras ON (SA:PETR3) ganhava 0,88 por cento, mantendo o tom positivo e ajudando a limitar as perdas do Ibovespa devido ao peso em sua composição.
(Por Flavia Bohone; Edição de Raquel Stenzel)