Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A diretoria da BR Distribuidora (SA:BRDT3), empresa de combustíveis controlada pela Petrobras (SA:PETR4), estuda aderir ao programa de subsídio ao diesel fóssil, do governo federal, após mudanças nas regras permitirem esse movimento, afirmou a companhia em resposta a questionamento da Reuters.
Para realizar a adesão, após uma eventual aprovação na diretoria, a empresa ainda precisaria do aval de seu Conselho de Administração.
A BR Distribuidora participaria do programa com combustível importado.
A companhia importa combustíveis por meio da modalidade conta de ordem-- em que uma empresa importadora promove em nome da BR o despacho aduaneiro de importação de mercadorias adquiridas por ela.
A inclusão dessa modalidade de importação no esquema de subsídios foi realizada na terceira fase do programa, iniciada neste mês.
O programa de subvenção foi criado em junho, como resposta do governo federal a uma greve histórica dos caminhoneiros em maio em protesto contra os altos preços do diesel. Com a medida, o governo busca cortar em 30 centavos por litro os preços do diesel em comparação com o valor de venda antes das paralisações.
Para participar, fornecedores de diesel no Brasil, como a Petrobras e importadoras, precisam congelar seus preços em níveis estipulados pelo governo para posteriormente serem ressarcidos de suas possíveis perdas em relação aos valores que seriam praticados se fossem seguidas condições do mercado internacional, como variações do petróleo e dólar.
Além do programa de subsídio, o governo cortou impostos federais e conta com uma redução de ICMS pelos Estados para atingir um corte total de 46 centavos do diesel vendido nas bombas, que já contém uma mistura de 10 por cento de biodiesel, que não recebeu qualquer subsídio.
(Por Marta Nogueira)