SÃO PAULO (Reuters) - A BR Malls (SA:BRML3) revelou nesta quinta-feira que teve crescimento nas vendas no quarto trimestre favorecidas pelo gradual relaxamento das medidas de isolamento social, mas o forte crescimento das despesas, além de efeito contábeis pressionaram a última linha do resultado.
A operadora de shoppings, cujo conselho de administração rejeitou a nova oferta de combinação de negócios enviada pela rival Aliansce (SA:ALSO3), reportou lucro de outubro a dezembro de 48,2 milhões de reais, queda de 22,5% em relação a mesma etapa de 2020. A previsão média de analistas consultados pela Refinitiv era de 125,7 milhões de reais.
Já o resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado no trimestre foi de 188,9 milhões de reais, aumento de 22,1%. Analistas, na média, previam Ebitda de 249,9 milhões de reais, segundo a Refinitiv. A margem Ebitda caiu de 58% para 50,6%.
A receita líquida da companhia totalizou 373,3 milhões de reais, aumento de 39,9% sobre um ano antes. Porém, as despesas totais subiram 42,9% ano a ano, para 85,5 milhões de reais.
A linha 'ajuste de outros resultados operacionais teve uma piora de 111%, para um número negativo de 208,9 milhões de reais. No trimestre, a BR Malls computou despesas ligadas ao encerramento da operação Delivery Center.
Por fim, o resultado financeiro também teve uma deterioração de 42,7%, para um déficit de 82,8 milhões de reais.
(Por Aluísio Alves)