Investing.com - As ações do Bradesco (SA:BBDC4) operam nesta quinta-feira oscilando entre altas e baixas, mas sempre perto da estabilidade. Às 12 horas, os papéis registraram queda de 0,43%, negociados a R$ 34,58, acelerando assim o ritmo de perdas. O mercado reage com neutralidade aos números trimestrais divulgados pelo segundo maior banco privado do país, que ficaram em linha com o esperado pelo mercado.
A notícia de que ex-ministro Antonio Palocci fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal está no radar do investidor. Palocci sinalizou que explicaria a forma de favorecimento às empresas clientes de sua consultoria e, entre elas, estariam dois bancos.
A Coivalores destacou que a margem financeira reportada ficou em linha com esperado, mas a forte queda nas despesas com PDD propiciaram a evolução de 4,9% no lucro líquido no banco em três meses, levando o ROE do banco para 18,6%, acima dos 18,0% reportados no período anterior.
Os analistas observaram resultado pouco abaixo do esperado nas operações de seguros, previdência e capitalização, abaixo mesmo do registrado um ano antes. A corretora destacou também a queda de despesas, por conta das sinergias com o HSBC e do programa de demissão voluntária implementado no ano passado pelo banco. A inadimplência seguiu caindo, com exceção no segmento de grandes empresas.
O segundo maior banco privado do país anunciou nesta quinta-feira que teve lucro recorrente de 5,102 bilhões de reais no período, alta de 9,8 por cento ante mesma etapa de 2017. O lucro contábil, que referencia a remuneração aos acionistas, subiu 9,7 por cento ano a ano, para 4,47 bilhões de reais.
A linha chamada PDD Expandida, que computa perdas com provisões previstas com inadimplência, incluindo baixa contábil de ativos, menos valores recuperados da cobrança, somou 3,89 bilhões de reais, uma queda de 26,3 por cento ano a ano, e de 28 por cento na base sequencial.
Essa melhora veio a reboque do declínio no índice de inadimplência acima de 90 dias, para 4,39 por cento, queda de 1,2 ponto percentual em 12 meses e o quarto trimestre seguido de redução. O NPL creation, indicador antecedente de inadimplência, foi de 1,2 por cento, ante 1,8 por cento um ano antes.