Por Carolina Mandl
SÃO PAULO (Reuters) - O Bradesco (SA:BBDC4) retomou as demissões encerrando uma promessa de não cortar empregos durante a pandemia do coronavírus, disse o sindicato que representa os funcionários do banco em São Paulo nesta quinta-feira.
O sindicato informou que cerca de 70 funcionários do Bradesco foram desligados desde o começo da semana, a maioria da área de recursos humanos.
O Bradesco enviou a todos os funcionários um comunicado informando que aqueles trabalhadores demitidos até 30 de novembro terão seus planos odontológico e de saúde mantidos ativos por seis meses adicionais sem custo, informou o sindicato.
O banco não informou se as demissões fazem parte de um programa que corte de custos.
O Bradesco, que encerrou junho com 96.787 funcionários, disse no início de julho que planejava reduzir os custos operacionais de forma nominal neste ano e no próximo para enfrentar a crise decorrente da pandemia.
O presidente-executivo, Octavio de Lazari, disse que o banco avaliava usar medidas como devolver prédios alugados e cortar a segurança das agências e despesas com transporte de dinheiro.
Além do Bradesco, seus maiores concorrentes, Itaú Unibanco e Santander Brasil (SA:SANB11), também voltaram a demitir parte das equipes recentemente.
O sindicato estima que quase 1.800 funcionários de bancos foram demitidos desde o início da pandemia por quase uma dúzia de bancos.
A taxa de desemprego no Brasil subiu para 13,8% em julho, a maior em pelo menos oito anos, atingida pela pandemia do coronavírus.