Por Gabriel Codas
Investing.com - Na parte da manhã desta quinta-feira na bolsa paulista, as ações da BRF (SA:BRFS3) operam com moderada valorização, com ganhos abaixo da alta do Ibovespa. Na véspera, um representante do sindicato dos trabalhadores da companhia em Chapecó (SC) informou que espera alcançar um acordo salarial com a companhia depois que um impasse nas discussões culminou com a interrupção parcial de produção na sexta-feira passada.
Por volta das 11h15, os papéis somavam 0,68% a R$ 17,82, com mínima em R$ 17,60 e máxima em R$ 17,84, com volume financeiro em R$ 20,68 milhões. O Ibovespa avançava 0,95% aos 96.436 pontos.
Jenir de Paula, presidente do sindicato Sitracarnes, afirmou que a BRF propôs aumento de 1% nos salários e que o valor é inaceitável. A fábrica da BRF em Chapecó emprega cerca de 5.700 funcionários e processa produtos de peru e frango. Os trabalhadores cobram 10% de reajuste anual.
Uma nova rodada de negociações deve ocorrer na quinta-feira e se nenhum acordo for alcançado, os trabalhadores poderão optar por greve em assembleia marcada para a sexta-feira, disse De Paula.
A BRF afirmou que a interrupção temporária de parte da linha de peru foi causada “por manifestação, sem respaldo legal, de um pequeno grupo de trabalhadores”. A empresa disse ainda que a paralisação não têm correlação com a negociação coletiva entre o sindicato e a BRF.
As tratativas salariais deveriam ter ocorrido em junho, mas a epidemia de Covid-19 adiou as discussões, disse o presidente do sindicato. A BRF tem testado funcionários regularmente e houve cerca de 1.500 casos confirmados em Chapecó, acrescentou.
Na última segunda-feira, um grupo de cerca de 60 empregados foi suspenso após a manifestação da sexta anterior, disse o sindicato e uma fonte próxima aos trabalhadores. O Sitracarnes tenta impedir que eles sejam demitidos, ao mesmo tempo que procura avançar com as negociações salariais, De Paula afirmou. A BRF não comentou as suspensões.
Com informações da Reuters.