📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

Bruxelas admite que grandes poupadores participarão de futuros resgates

Publicado 26.03.2013, 15:14

Bruxelas, 26 mar (EFE).- A Comissão Europeia afirmou nesta terça-feira que a fórmula estipulada no resgate do Chipre é "única", embora tenha admitido que as poupanças superiores a 100 mil euros podem ser taxadas para financiar futuros planos de ajuda caso sua proposta sobre o sistema bancário for aprovada.

"O caso do Chipre é único por muitas razões, é uma situação extraordinária e se encontrou uma solução apropriada para o caso específico cipriota", disse hoje a porta-voz de Mercado Interno e Serviços da Comissão, Chantal Hughes.

A funcionária descartou que as mesmas "circunstâncias" do Chipre voltem a ocorrer em outras nações e por isso estas medidas não precisariam ser aplicadas em outras economias. Para Chantal, a fórmula utilizada na ilha não é um "modelo perfeito para ser utilizado da mesma forma no futuro".

A porta-voz lembrou que a comissão já propôs que o contribuinte não tenha que pagar pela crise dos bancos. Neste sentido, destacou a importância de iniciar o mecanismo supervisor único bancário para a zona do euro, que permitirá reforçar o controle sobre as entidades financeiras.

Chantal Hughes também disse que é preciso chegar a um acordo com o Parlamento Europeu sobre a lei proposta em junho pela comissão sobre o setor bancário, que prevê o resgate interno para recapitalizar os bancos.

Nesta proposta, "em nenhum caso existe a possibilidade de incluir depósitos inferiores a 100 mil euros, nem agora nem no futuro. Em nenhum momento é possível" que estes investidores precisem assumir perdas para salvar um banco, garantiu.

No entanto, na proposta que está sendo negociada com a Eurocâmara "não se exclui que os depósitos acima de 100 mil euro possam ser instrumentos usados para o resgate interno".

O ministro das Finanças do Chipre, Michalis Sarris, confirmou hoje à emissora pública britânica "BBC" que o corte aplicado nos depósitos superiores aos 100.000 euros sem seu país poderia ser de 40%.

Bruxelas se apressa agora para virar a página, dissipar as tensões qcausadas pelo confisco e relaxar sua postura com Nicósia após meses de discussões, uma crescente incerteza entre os investidores e cidadãos cipriotas e uma estratégia de comunicação considerada infeliz.

As declarações do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, que davam a entender que a fórmula pactuada no resgate do Chipre poderia servir como receita para outros países, causaram preocupação nas bolsas europeias.

A Bolsa de Madri registrou ontem sua quarta maior queda do ano, de 2,27%, e nesta terça-feira teve baixa de 1,84%. Já a Bolsa de Atenas sofreu hoje uma queda de 4,90%.

Dijsselbloem disse também que a zona do euro deveria ter como objetivo "uma situação na qual nunca teremos que considerar a recapitalização direta". Além disso, o presidente do Eurogrupo afirmou que a necessidade de uma injeção de capital via fundo europeu de resgate se reduzirá cada vez mais com o uso de instrumentos de resgate interno dos bancos.

"Desejar que o uso deste instrumento (de recapitalização direta) não seja necessário não quer dizer que um acordo para torná-lo possível não seja algo em que sigamos trabalhando", afirmou o porta-voz de Assuntos Econômicos e Monetários da Comissão Europeia, Simon O'Connor.

A polêmica causada por Dijsselbloem fez com que O'Connor explicasse ontem que o Chipre é um "caso específico com desafios excepcionais que necessitavam as medidas de participação do setor privado", que os resgates "estão feitos sob medida para a situação do país em questão" e que não são usados modelos definidos. EFE

mtm/dk

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.