Investing.com - Para o BTG Pactual (SA:BPAC11), o segundo trimestre de 2018 será marcado por um conjunto de resultados atípicos para as companhias brasileiras no setor de alimentos, com a greve dos caminhoneiros afetando diretamente nas vendas das empresas no mês de maio.
Os analistas Thiago Duarte e Vito Ferreira, em relatório enviado para clientes nesta sexta-feira, citam a preferência pelas ações dos frigoríficos de carne, com recomendação de compra para Minerva (SA:BEEF3) e Marfrig (SA:MRFG3) e neutra para BRF (SA:BRFS3) e JBS (SA:JBSS3), dado o ciclo de gado positivo, o melhor momento para resultados e valuations pouco exigentes.
Para Minerva, a equipe do banco de investimentos aponta para um ambiente positivo, com a recuperação dos preços da carne no mercado doméstico, a demanda aquecida por produtos sul-americanos nos mercados internacionais e os preços de exportação atraentes resultando em margens positivas.
No caso da Marfrig, os analistas preveem alta de 40% ano a ano na receita trimestral da empresa, após expansão forte na capacidade de abate no segundo semestre de 2017, enquanto a margem Ebitda tende a ficar praticamente estável em relação ao primeiro trimestre. O BTG também mencionou uma expectativa de consolidação do negócio de carne bovina recentemente adquirido nos Estados Unidos em junho, enquanto a Keystone deve continuar sendo considerado um ativo à venda.
Para BRF, o banco de investimentos alertou que os números do balanço serão afetados negativamente por uma série de eventos, como o embargo da União Europeia ao frango da companhia, as tarifas antidumping aplicadas às carnes de aves brasileiras pela China, a greve dos caminhoneiros e os preços mais altos dos grãos no trimestre.
Quanto à JBS, os analistas avaliam que o forte desempenho das operações nos EUA deve compensar resultados desinteressantes no Brasil, estimando Ebitda de R$ 3,7 bilhões e margem de 8% para a companhia no segundo trimestre.
Com Reuters.