Por Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - Os analistas do BTG Pactual (SA:BPAC11) elevaram a recomendação dos papéis preferenciais da Azul (SA:AZUL4) de Neutro para Compra e o preço-alvo de R$ 26 para R$ 47 por enxergarem uma performance operacional mais forte que o esperado para a companhia, unida a uma gestão eficiente.
Em relatório datado deste domingo (29), o banco carioca apontou que a emissão de R$ 1,7 bilhão em debêntures conversíveis, o acordo com locadores para garantir R$ 3,2 bilhões até dezembro de 2021 e as negociações com parceiros financeiros para estender o pagamento de algumas dívidas, removendo R$ 657 milhões do curto prazo, são iniciativas que ajudaram a melhorar a liquidez da empresa.
A alavancagem da aérea continua como a principal preocupação dos analistas, mas a falta de débitos no curto prazo deixa o banco mais confortável com o papel, disseram.
Perto das 14h06, as ações da Azul subiam 5,02%, a R$ 38,74, liderando a ponta alta do Ibovespa e ajudando a mitigar a queda de 1,45% do índice. Os papéis da Gol (SA:GOLL4) e da CVC Brasil (SA:CVCB3) também lideravam os avanços, com altas de 3,79% e 1,84%, respectivamente, com otimismo pelo setor de turismo para o próximo ano.
Acordo com tripulantes
As ações da área brasileira também subiam após a companhia resolver antecipar o fim do acordo de redução de jornada com os seus tripulantes. O acordo havia sido firmado pela empresa com a categoria em 24 de junho e tinha o objetivo de preservar o caixa da aérea durante no período de baixa demanda da pandemia. O acordo tinha validade até dezembro de 2021.
A antecipação foi aprovada pelos aeronautas, que votaram sobre o tema entre os dias 26 e 27 de novembro. "Desta forma, a redução de jornadas e salários que iria até o fim de 2021, com a contrapartida de manutenção dos empregos, fica revogada", escreveu o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), em nota. A proposta foi aprovada por mais de 85% dos copilotos e comandantes e por 72% dos comissários.
A Azul conseguiu o sinal verde dos aeronautas no dia 24 de junho para reduzir salários e jornada. De forma bruta, a redução de salário era de 45% entre o terceiro trimestre de 2020 e o primeiro trimestre de 2021, quando o porcentual começa a cair. No quarto trimestre de 2021, a redução na remuneração seria de 25%.
--Com informações do Estadão Conteúdo