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(Reuters) - A comercializadora e processadora de grãos Bunge (NYSE:BG) Global relatou nesta quarta-feira uma queda menor do que o esperado no lucro do segundo trimestre, devido a melhores margens de processamento de oleaginosas e melhores resultados de seus negócios de comercialização de grãos e óleos.
Os resultados que superaram as estimativas vieram após a empresa ter fechado oficialmente, no início do mês, um acordo há muito aguardado para se unir com a Viterra, da Glencore (LON:GLEN), dois anos depois de anunciar o mega-negócio de US$34 bilhões. A empresa também concluiu recentemente a venda de seu negócio de moagem de milho nos EUA, o que otimizou ainda mais suas operações e simplificou seu portfólio.
A Bunge manteve sua projeção de lucro para 2025 de US$7,75 por ação, o menor valor em seis anos, mas informou que a atualizaria para incluir a fusão com a Viterra antes de divulgar os resultados do terceiro trimestre.
Suas ações subiram 1,2% no pré-mercado.
A Bunge e suas concorrentes do agronegócio, incluindo a Archer-Daniels-Midland e a Cargill, tiveram seus lucros reduzidos nos últimos trimestres devido à ampla oferta global de safras e à redução das margens.
As tensões comerciais alimentadas pelas tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, interromperam ainda mais os fluxos comerciais, enquanto a incerteza em relação à política de biocombustíveis prejudicou a demanda por matérias-primas para energia verde, como milho e óleo de soja.
A empresa registrou um lucro ajustado de US$1,31 por ação para os três meses encerrados em 30 de junho, em comparação com a estimativa média dos analistas de US$1,14, de acordo com dados compilados pela LSEG.
As vendas líquidas do segmento de agronegócios da Bunge, o maior da empresa em termos de receita e volume, caíram 5,1%, para US$9,17 bilhões, no trimestre em relação ao ano anterior. O lucro ajustado dessa divisão caiu 22%.
Os preços baixos da soja, em meio a safras recordes no Brasil e nos Estados Unidos, os dois maiores produtores e exportadores, ajudaram a expandir as margens de processamento da oleaginosa no segundo trimestre, impulsionando a perspectiva anual da Bunge para a unidade de agronegócio.
Mas a empresa reduziu sua perspectiva para o segmento de óleos refinados e especiais após o lucro ajustado do segundo trimestre cair quase 40%.
(Reportagem de Karl Plume em Chicago e Pooja Menon em Bengaluru)