👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Buser: 'Quanto mais aceleramos, maior a chance de vencermos na Justiça'

Publicado 20.10.2021, 14:00
© Reuters. 'Quanto mais aceleramos, maior a chance de vencermos na Justiça'

Com a operação dependente do transporte de pessoas, a startup mineira Buser, de ônibus intermunicipal, chegou a ter faturamento próximo de zero nos primeiros meses de pandemia. O avanço da vacinação, porém, tem rendido bons frutos para a empresa, que transportou 460 mil passageiros em setembro, um salto de 580% na comparação com o mesmo período do ano passado - só no feriado, 150 mil viajantes usaram o serviço.

Em entrevista ao Estadão, Marcelo Abritta, cofundador e presidente executivo da Buser, fala sobre a virada da startup nos últimos meses e os planos de crescimento, que passam por expansão geográfica e novos produtos que ajudem a viabilizar o modelo de fretamento coletivo, como transportes de cargas e o marketplace de venda de passagens em parceria com viações. Abaixo, os melhores momentos.

A Buser chegou a todos os Estados brasileiros. Por que investir em expansão geográfica logo após o baque da pandemia?

É um momento muito bom para o turismo doméstico: a alta temporada está chegando, e as pessoas ficaram quase dois anos presas em casa. Para a Buser, que ainda é pequena se olharmos para o tamanho do mercado de transporte rodoviário brasileiro, esses momentos de alta temporada são um salto na operação, que acelera o crescimento do ano seguinte. Muitas pessoas conhecem a Buser nas férias e passam a usar o serviço rotineiramente depois. Por isso fez sentido irmos mais longe e mais rápido.

Como a Buser conseguiu reagir ao impacto da pandemia?

Sendo bem sincero, acredito que demos sorte. Quando a pandemia chegou, tínhamos acabado de levantar uma rodada de investimento grande e não tínhamos gastado o dinheiro ainda. Ficamos em uma posição muito confortável e tivemos inclusive a oportunidade de ajudar nossos parceiros, emprestando dinheiro sem juros.

A Buser tem investido em novos produtos. O fretamento compartilhado continuará sendo o pilar do negócio da Buser?

Com certeza. Todas as coisas se retroalimentam para melhorar a viabilidade financeira da Buser. O transporte de cargas é uma forma de permitir viagens que antes não seriam possíveis. Pegamos trechos mais vazios de terça e quarta, por exemplo, e lotamos os ônibus de cargas - por meio de parcerias com varejistas e transportadoras, transportamos encomendas gerais, como roupas e pequenos eletrônicos. O marketplace, por sua vez, é uma forma de dar um só lugar para o viajante comparar todas as opções de viagens, seja de fretamento ou de empresa rodoviária. Tem sido comum também fecharmos uma parceria de marketplace e a empresa colocar alguns ônibus para rodar com a gente no fretamento. Por enquanto, porém, as parcerias têm sido com viações menores. Não porque não quisemos as maiores, mas porque as grandes nem quiseram conversar. Algum dia talvez elas evoluam.

Frequentemente saem decisões da Justiça sobre o funcionamento da Buser. Esse contexto incerto de regulação não trava o crescimento da empresa?

Na verdade, funciona ao contrário. Quanto mais rápido crescermos, mais claro fica o nosso benefício para o mercado brasileiro e maior a chance de vencermos na Justiça. Em termos legais, a situação está pacificada na maioria dos lugares. O nosso pior Estado hoje quanto à regulação é o Paraná, que seria estratégico por conta da proximidade com São Paulo. Mas vamos trabalhar para que a situação mude.

A alemã FlixBus, rival da Buser, anunciou em julho sua chegada ao Brasil com um projeto agressivo. Como a Buser pretende se diferenciar?

Sem a Buser, não existiria FlixBus no Brasil, porque seria um setor altamente fechado. Vamos disputar a preferência do consumidor e estamos dispostos a fazer promoções agressivas também. No fim das contas, a chegada da FlixBus ajuda a fortalecer o argumento para vencer regulações.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.