📖 Guia da Temporada de Balanços: Saiba as melhores ações escolhidas por IA e lucre no pós-balançoLeia mais

CAE aprova projeto sobre divisão de recursos de leilão da cessão onerosa

Publicado 15.10.2019, 13:42
© Reuters. .
PETR4
-

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira por unanimidade o projeto de lei que fixa os critérios de divisão de parte dos recursos do leilão da cessão onerosa, mantendo as regras que haviam sido estipuladas pela Câmara dos Deputados.

O projeto foi aprovado pelos 23 senadores da comissão, sem registro de abstenções.

Agora a proposta deverá ser apreciada pelo plenário do Senado nesta tarde, previsão confirmada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Senadores têm dito que a aprovação do projeto é crucial para que sigam em frente com a votação da reforma da Previdência na Casa, que vinha sendo contaminada pela discussão da cessão onerosa. A reforma deve ser votada em segundo turno no dia 22.

O texto, relatado pelo presidente da CAE, senador Omar Aziz (PSD-AM), estabelece que, do total arrecadado no certame, será descontado o valor devido à Petrobras (SA:PETR4) pela revisão do contrato de cessão onerosa.

Dos recursos restantes, 67% serão destinados à União, 15% irão para municípios, 15% para Estados e 3% a Estados produtores --no caso deste leilão, o beneficiado será o Rio de Janeiro.

Na segunda-feira, o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou que tão logo o projeto ganhe o aval dos parlamentares, o governo enviará ao Congresso projeto de lei autorizando o pagamento aos Estados e municípios, etapa que é necessária para que os recursos sejam efetivamente compartilhados.

Waldery afirmou ainda que a expectativa do time econômico segue sendo de que o bônus de assinatura do leilão da cessão irá render ao governo 106,6 bilhões de reais, dos quais 9,058 bilhões de dólares, cerca de 35 bilhões de reais, serão utilizados para pagar a Petrobras. [nL2N26Z193]

Por essa conta, dos 71,6 bilhões de reais que sobrarem, em torno de 48 bilhões de reais ficarão com a União, 10,7 bilhões de reais irão para municípios, o mesmo tanto para Estados, e 2,15 bilhões de reais, para o Rio de Janeiro.

O relatório aprovado pela CAE também manteve os requisitos para repartição entre os entes regionais que haviam sido definidos pela Câmara.

No caso dos Estados, dois terços dos recursos serão distribuídos conforme coeficientes do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE), critério que beneficia Estados mais pobres, situados nas Regiões Norte e Nordeste.

O terço restante será dividido segundo índice que considera as regras da Lei Kandir e do Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX), o que contemplará também Estados do Centro-Sul.

Aziz apontou no seu relatório que não considerou essa a solução mais justa, mas reconheceu que houve consenso político alcançado para esse desenho, razão pela qual não modificou as regras fixadas pelos deputados.

"O PL não é o ideal para cada Estado, mas é o melhor para todos", escreveu.

Já para os municípios, os recursos serão distribuídos de acordo com os coeficientes do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Os recursos recebidos pelos entes regionais, de acordo com o projeto de lei, só poderão ser usados para cobertura de despesas com fundos previdenciários e investimentos. O texto determina que os Estados necessariamente deverão primeiro garantir o pagamento das despesas previdenciárias.

Os municípios, por sua vez, poderão decidir livremente se destinam recursos para cobertura previdenciária ou investimentos.

A determinação, assim como a adoção de critérios mistos para a partilha dos recursos encontrou resistência em parte dos governadores e prefeitos, mas na avaliação de uma fonte que acompanha a discussão, a tendência é que seja aprovado o texto encaminhado pela Câmara e aprovado nesta terça pela CAE. Prevalece a ideia que o melhor é garantir a aprovação de um texto, ainda que não seja o desejado por esses entes federativos.

© Reuters. .

Após os senadores iniciarem longo debate sobre eventuais mudanças no texto, o que atrasaria sua tramitação pela necessidade de que retornasse à Câmara, Aziz afirmou que era preciso lembrar que a União estava abrindo mão de recursos como nunca havia feito. Ele também disse que preparou seu parecer seguindo acordo de líderes.

(Reportagem adicional de Maria Carolina Marcello)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.