SÃO PAULO (Reuters) - A Caixa Econômica Federal reduziu nesta quarta-feira os limites de financiamento imobiliário, apertando mais as condições para o setor que tem sofrido com escasseamento de recursos.
O banco estatal, principal financiador para compra de imóveis do país, informou a agentes imobiliários que o teto financiável das principais linhas de crédito do banco caiu de 90 para 80 por cento.
A medida atinge as linhas para o programa de habitação popular Minha Casa Minha Vida; a pró-cotista, com recursos do FGTS; além do Sistema Financeiro da Habitação, fundeada pela caderneta de poupança, segundo documento repassado pelo banco a agentes imobiliários, ao qual a Reuters teve acesso.
A alteração nos limites vale para a tabela SAC, a mais usada, modelo pelo qual os valores das prestações são decrescentes. Na tabela Price, com mensalidades estáveis, a cota máxima de financiamento foi mantida no Minha Casa Minha Vida e no SFH, mas reduzida de 80 para 70 por cento na pró-cotista e na CC FGTS.
O valor máximo de imóvel usado na tabela Price cai de 70 para 60 por cento com recursos da pró-cotista e de 80 para 70 por cento na CC FGTS.
Consultada, a Caixa afirmou em comunicado que as medidas visam à adequação em relação à política de alocação de capital e que devem impactar menos de 10 por cento dos clientes que procuram financiamento imobiliário no banco.
Em julho, a Caixa havia anunciado que a linha pró-cotista seria retomada apenas em 2018, que tinha sido suspensa em maio, devido a falta de recursos.
(Por Aluísio Alves)