SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do conselho de administração da Azul (SA:AZUL4), David Neeleman, disse nesta quinta-feira que a valorização do dólar é um desafio, mas que a empresa está preparada.
Em teleconferência com analistas para comentar o resultado do primeiro trimestre, executivos da empresa disseram que a Azul possui política de hedge cambial e também para a exposição às oscilações dos preços do combustível, mas que essas medidas são de curto prazo e fazem parte de outras frentes adotadas pela empresa para enfrentar essas oscilações.
Segundo o presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, embora as oscilações cambiais tenham algum impacto nos negócios, a empresa tem baixa exposição cambial.
No primeiro trimestre, 65 por cento da dívida total da Azul era em reais, enquanto 35 por cento era em dólares. Quando exclui aeronaves, a dívida na moeda norte-americana vai para 1 por cento do total.
Em relação ao eventual impacto na demanda por voos internacionais, os executivos da empresa disseram que é possível ver uma redução nessa linha devido à alta do dólar, mas que um aumento na demanda por voos do exterior com destino ao Brasil poderia compensar esse efeito.
Mais cedo, a Azul reportou seus números referentes aos primeiros três meses do ano, com lucro líquido de 210,5 milhões de reais, um salto de 260 por cento ante o mesmo período de 2017. A receita líquida nos três primeiros meses do ano subiu 17,8 por cento, a 2,2 bilhões de reais.
"Nossa receita nunca esteve mais forte do que agora", disse Neeleman.
Os executivos reforçaram que a empresa está confiante em entregar as estimativas de desempenho divulgadas para este ano, que incluem previsão a de uma margem operacional entre 11 e 13 por cento. No primeiro trimestre, a margem operacional foi de 12,5 por cento, alta de 1,3 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado.
(Por Flavia Bohone)