RIO DE JANEIRO (Reuters) - O campo gigante de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos, deverá ter seu pico de produção entre 2020 e 2021, acima de 1 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), afirmou à Reuters nesta quarta-feira o gerente da Shell dos campos de Lula, Iracema, Lapa e Sapinhoá, Cristiano Pinto da Costa.
Operado pela Petrobras (SA:PETR4), o campo de Lula é o maior produtor do Brasil e deverá superar 1 milhão de boe/dia em 2019, segundo Costa.
Em julho, produziu média diária de 879 mil barris de petróleo e 36,8 milhões de metros cúbicos de gás, segundo os últimos dados publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O 1 milhão de boe diários serão possíveis após a entrada das plataformas P-67 e P-69, previstas no plano de negócios para ainda este ano, segundo Costa.
O executivo explicou que o contrato de concessão do ativo vai até 2037. Ele evitou falar por quanto tempo o pico da produção irá se manter estável.
Costa ressaltou que Lula é considerado um ativo muito importante em todo mundo.
Segundo ele, atores internacionais ficam impressionados com os resultados de Lula, cujos poços chegam a atingir volumes de produção acima dos 40 mil boe/d. Lula é operado pela Petrobras, com 65 por cento de participação, em parceria com a anglo-holandesa Shell (25 por cento) e Petrogal Brasil, controlada pela portuguesa Galp (10 por cento).
A Shell é a maior parceira da Petrobras nos principais campos produtores do pré-sal e a segunda maior produtora de petróleo e gás do Brasil, como concessionária.
"O campo de Lula está chegando em um momento de sua vida onde estamos terminando seu desenvolvimento e entrando em uma fase de operação estável... Quando olhamos para frente, conseguimos ver inúmeras oportunidades nessa parceria", disse Costa durante palestra no Rio Oil & Gas, no Rio de Janeiro.
"21 dos 30 poços mais produtivos do pré-sal brasileiro estão no campo de Lula. A Petrobras, como operadora, mostrou uma história de sucesso, não só na forma como conseguiu progredir desde a descoberta até o primeiro óleo... mas também na operação eficiente e segura", afirmou Costa.
(Por Marta Nogueira)