(Reuters) - O Carlyle decidiu liquidar os dois fundos de investimento que lançou em 2014, mostraram documentos ao regulador nesta semana, com a empresa de private equity buscando outras formas de ganhar mais tração com chamados fundos alternativos líquidos.
Desenvolver fundos de investimento tem sido historicamente um desafio para empresas de private equity, porque o fundo médio é ilíquido, com uma vida média de 10 anos. Mas, como essas empresas se diversificaram em ativos alternativos relativamente mais líquidos, como fundos de crédito e de hedge, têm procurado ampliar sua base para além de investidores institucionais.
No mês que vem, o Carlyle vai fechar o Carlyle Global Core Allocation Fund, que tem 50 milhões de dólares em ativos líquidos, com mandato para investir em ações, dívida, imóveis, commodities e moedas usando fundos negociados em bolsa.
O Carlyle Enhanced Commodity Real Return Fund, com mandato para investir em classes de ativos como energia e metais, mas nunca decolou, também será fechado.
O movimento deixa o Carlyle Diversified Global Asset Management (DGAM), que gerencia fundos hedge funds, como sua principal plataforma para alternativas de produtos líquidos.
Um porta-voz do Carlyle não quis comentar.
A mudança estratégica vem um ano após o Carlyle contratar Jeff Holland, ex-executivo sênior do BlackRock, para liderar os esforços de introduzir ativos alternativos para investidores individuais.
O Carlyle também desenvolveu outros produtos destinados a aumentar a liquidez de suas ofertas tradicionalmente ilíquidos.
Com sede em Washington, o Carlyle tinha 194 bilhões de dólares em ativos sob gestão no final de dezembro.
(Reportagem de Greg Roumeliotis)