Investing.com - Nos primeiros negócios da manhã desta quarta-feira, as ações do Carrefour (SA:CRFB3) Brasil operam com queda de 3,23% a R$ 20,08 na bolsa paulista. Na noite de ontem, a rede anunciou que registrou lucro líquido de 699 milhões de reais para o quarto trimestre, crescimento de 10,4 por cento na comparação anual, com aceleração do crescimento de vendas.
Em termos ajustados e considerando acionistas controladores, o lucro líquido da rede de varejo foi de 758 milhões de reais no quarto trimestre, um crescimento de 65,9 por cento na comparação anual.
Para o BTG Pactual, os números do Carrefour foram dentro do esperado, fazendo com que a recomendação para o papel permaneça neutra. Na visão dos analistas, a visão positiva segue para os próximos trimestres e sustentam a boa dinâmica da rede. No entanto, para eles, a continua queda da divisão de varejo impede de assumir uma visão mais otimista.
Já para a Mirae Asset, o resultado foi bom e os analistas acreditam que o cenário benigno para a economia neste ano aponta para uma melhora substancial dos números de seu DRE. Apesar da visão positiva para a empresa, a recomendação segue Neutra para suas ações, até futura revisão de premissas para fluxo de caixa.
O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 26,6 por cento sobre o quarto trimestre de 2017, para 1,415 bilhão de reais, superando a média das previsões de analistas consultados pela Refinitiv, de 1,228 bilhão de reais.
Entre outubro e dezembro, as vendas brutas avançaram 10,2 por cento ano a ano, para 15,8 bilhões de reais. Foi o primeiro crescimento de dois dígitos desde o último trimestre de 2016, puxado principalmente pela abertura de novas lojas, sendo seis do Atacadão, dois atacados de entrega, quatro Carrefour Market e duas do Carrefour Express.
No conceito mesmas lojas, sem considerar gasolina, as vendas brutas subiram 6,2 por cento. O acelerado ritmo de expansão, em particular da bandeira de atacarejo, e o aumento das atividades bancárias elevaram em 14,1 por cento as despesas com vendas, gerais e administrativas no quarto trimestre, para 1,98 bilhão de reais.
A varejista ainda investiu 665 milhões de reais no período, 24,6 por cento mais que entre outubro e dezembro de 2017, com cerca de 83 por cento dos recursos destinados para expansão e manutenção de lojas, além de tecnologia da informação. Em 2018, os investimentos totalizaram 1,79 bilhão de reais, ante 1,81 bilhão no ano anterior.