Por Jared Higgs e Maria Alejandra Cardona
NASSAU (Reuters) - Sam Bankman-Fried consentiu com a extradição para os Estados Unidos, de acordo com uma declaração juramentada que seu advogado leu nesta quarta-feira em uma audiência em um tribunal nas Bahamas.
Isso abre caminho para que o fundador da corretora de criptomoedas FTX enfrente acusações de fraude bilionária nos EUA.
Autoridades dos EUA, incluindo agentes do FBI, chegaram a Nassau, capital das Bahamas, na manhã desta quarta-feira, disse uma fonte com conhecimento do assunto.
Não ficou imediatamente claro quando Bankman-Fried será levado do país caribenho para Nova York.
Na semana passada, promotores federais em Manhattan acusaram o magnata das criptomoedas de 30 anos de roubar bilhões de dólares em ativos de clientes da FTX para cobrir perdas em seu fundo de hedge, Alameda Research, no que o procurador dos EUA, Damian Williams, chamou de "uma das maiores fraudes financeiras da história norte-americana".
Bankman-Fried foi preso nas Bahamas, onde mora e onde a FTX está sediada, na semana passada após pedido de extradição aos EUA.
O advogado de defesa de Bankman-Fried nos Estados Unidos, Mark Cohen, não respondeu a um pedido de comentário. Bankman-Fried reconheceu falhas de gerenciamento de risco na FTX, mas disse que não acredita ter responsabilidade criminal.
A FTX, avaliada em 32 bilhões de dólares, declarou insolvência em 11 de novembro, e Bankman-Fried deixou o cargo de presidente-executivo no mesmo dia.
Desde então, ele foi detido no Departamento de Correções das Bahamas em Nassau, conhecido como prisão Fox Hill. O Departamento de Estado norte-americano, em um relatório de 2021, descreveu as condições na instalação como "duras", citando superlotação, infestação de roedores e prisioneiros que usam baldes como banheiros.
As autoridades locais dizem que as condições melhoraram desde então.