SÃO PAULO (Reuters) - Apesar da dificuldade para obter recursos prometidos pelo BNDES, a CCR (SA:CCRO3) não cogita devolver a concessão do terminal aéreo Confins, em Belo Horizonte, disse o vice-presidente da empresa José Ciofi.
A CCR compõe o consórcio BH Airport, ao lado de Zurich Airport e Infraero. O grupo venceu a disputa pela concessão do terminal em 2013.
Segundo o executivo, alguns empréstimos prometidos pelo banco ainda não se viabilizaram. Além disso, os sócios privados assumiram investimentos na expansão e melhora do terminal que não estavam planejados e que eram obrigação da Infraero. E os que aconteceram são menores do que o previsto, para o terminal e para rodovias administradas pela empresa.
"Não culpo o BNDES, que está se adequando a realidade do país", disse ele. "Estamos conversando com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para ver se a gente consegue ajustar contratos pela via do reequilíbrio mesmo", adicionou.
O governo federal trabalha numa Medida Provisória para o reequilíbrio econômico financeiro de algumas concessões, antigas e futuras. A MP prevê extender o prazo da concessão ou até mesmo forçar a devolução da concessão.
"Enquanto não sai o reequilíbrio, estamos aportando recursos", disse Ciofi.
(Por Rodrigo Viga Gaier)