Investing.com - Depois de uma sessão marcada sem a referência de Wall Street por conta do feriado nos Estados Unidos, o índice futuro do Ibovespa inicia a jornada desta terça-feira com queda 0,60% aos 85.190 pontos, seguindo a tendência das bolsas internacionais e também em meio ao cenário político local.
A jornada deve ser marcada por incertezas no cenário externo, com os Treasuries americanos atingindo o maior valor em quatro anos, com o dólar também avançando na comparação com a maior parte das moedas internacionais. Os títulos com vencimento em 10 anos avançam 0,95% pagando 2,906% ao ano, enquanto os de 30 anos pagam 3,151% por ano, o que representa valorização de 0,49%.
A cena política chama a atenção no mercado interno. Ontem o governo reconheceu que a reforma da Previdência não deve mais ser votada neste ano devido à intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro. O decreto foi aprovado durante a madrugada na Câmara dos Deputados e agora será encaminhada do Senado. Para amenizar a situação fiscal, o governo anunciou uma série de medidas para tentar equilibrar as contas.
No campo eleitoral, as peças de xadrez seguem se movimentando para a corrida presidencial. O DEM, que pretende lançar Rodrigo Maia (RJ) ao Planalto, vê na intervenção do Rio uma manobra de Michel Temer de tentar a reeleição. Tentativa, que se confirmar, frustra os planos do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de buscar no MDB o apoio necessário para concorrer à presidência.
Pelo PSDB, visando ganhar tempo e evitar desgastes, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital paulista, João Dória, querem evitar que o partido realize convenção para a escolha dos candidatos ao governo do estado e também para a presidência da república.
No cenário corporativo, o mercado segue atento às divulgações dos balanços e também às notícias das negociações da Suzano (SA:SUZB3) e da Fibria (SA:FIBR3) para uma possível fusão que formaria uma gigante mundial no setor de papel e celulose.