WASHINGTON (Reuters) - O presidente-executivo da Boeing (NYSE:BA), Dave Calhoun, dirá a um comitê do Senado dos EUA nesta terça-feira que a fabricante de aviões entende as preocupações sobre sua cultura de segurança após uma emergência durante um voo em janeiro em um 737 MAX 9 da Alaska Airlines (NYSE:ALK) provocar alarme generalizado.
“Muita coisa foi dita sobre a cultura da Boeing. Ouvimos essas preocupações em alto e bom som. Nossa cultura está longe de ser perfeita, mas estamos agindo e progredindo”, dirá Calhoun ao Sub-Comitê Permanente de Investigações do Senado, segundo a sua declaração por escrito vista pela Reuters.
“Eu sei muito bem que esta é uma indústria em que nós simplesmente precisamos acertar todas as vezes.”
Desde que um painel de uma porta se desprendeu durante voo em um jato 737 MAX 9 em 5 de janeiro, órgãos reguladores e companhias aéreas intensificaram o escrutínio à fabricante. A Boeing reformulou sua administração e Calhoun afirmou em março que renunciará até o fim do ano.
Calhoun dirá ao comitê do Senado que a Boeing “ouviu nossos funcionários e agiu de acordo com suas ideias. Trouxemos um especialista independente de qualidade para avaliar nossos processos”.
A Boeing está em conversas para readquirir a Spirit AeroSystems, a fabricante da fuselagem do 737 MAX.
Na semana passada, o chefe da Administração de Aviação Federal disse que a agência estava “muito distante” em sua supervisão à Boeing antes do acidente em 5 de janeiro.
(Reportagem de David Shepardson em Washington e Allison Lampert em Montreal)