Por Gabriel Araujo e Marta Nogueira
(Reuters) - O presidente da Petrobras (BVMF:PETR4), Jean Paul Prates, teve reuniões com executivos de outras grandes petroleiras na conferência CERAWeek, em Houston, para avaliar futuras parcerias em potencial, afirmou a empresa em comunicado nesta quarta-feira.
Segundo a Petrobras, os encontros com executivos da BP, Petronas, TotalEnergies e Equinor "visam futuras cooperações para transição enérgica e implantação de novas tecnologias no setor de óleo e gás".
Prates, ex-senador nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para liderar a estatal, assumiu o cargo em janeiro com a expectativa de comandar uma mudança estratégica para mais projetos de energia renovável.
O executivo disse anteriormente que a empresa precisa estar preparada para a "inevitável" transição energética e que terá um papel de liderança neste cenário.
No início desta semana, a empresa brasileira anunciou um acordo com a norueguesa Equinor para avaliar o desenvolvimento de sete projetos eólicos offshore no Brasil, que podem custar 70 bilhões de dólares, segundo cálculos preliminares, mas que ainda dependem de conclusões de estudos e confirmações.
Nas conversas com o presidente-executivo da BP, Bernard Looney, a Petrobras disse em nota em seu site que as duas empresas --que são sócias em cinco blocos de petróleo no Brasil-- sinalizaram a intenção de firmar futuras parcerias e trocar experiências.
"Vamos prosseguir com visitas mútuas para o aprofundamento das discussões tanto na área de exploração e produção quanto de transição energética", disse Prates, acrescentando que levantou o tema de possíveis parcerias em bioenergia e produção de hidrogênio.
O presidente da Petrobras também sugeriu a participação tanto da BP como de outras grandes empresas de petróleo em iniciativas de captura de carbono na Amazônia e regiões de manguezal.
Na nota, a Petrobras disse ainda que a malaia Petronas demonstrou interesse na produção de diesel renovável da concorrente brasileira, ao mesmo tempo em que destacou similaridades entre os países, ambos com grandes populações, e as potenciais sinergias entre as empresas.
A transição energética também esteve no centro das conversas de Prates com o CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanne, e o CEO da Equinor, Anders Opedal, acrescentou a empresa.
(Por Marta Nogueira e Gabriel Araujo)