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CEO da russa Rosneft acusa EUA de usarem energia como arma política

Publicado 06.06.2019, 10:19
Atualizado 06.06.2019, 10:20
© Reuters.  CEO da russa Rosneft acusa EUA de usarem energia como arma política
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Por Dmitry Zhdannikov

SÃO PETESBURGO (Reuters) - O CEO da gigante russa do petróleo Rosneft acusou os Estados Unidos de usarem a energia como uma arma política e disse nesta quinta-feira que o que tem sido visto como uma "era de ouro" para a energia nos EUA tornou-se uma "era do colonialismo energético" para outros países.

Ao falar durante um fórum econômico em São Petesburgo, Sechin disse que um terço das reservas globais de petróleo está sob restrições devido às sanções norte-americanas sobre o Irã e a Venezuela e que o governo dos EUA está perdendo terreno no campo moral, onde se auto-intitula defensor de mercados abertos.

"Diversos comentaristas gostam de acusar a Rússia de usar a energia como arma política", afirmou Sechin, um dos mais próximos aliados do presidente russo Vladimir Putin. A Rosneft produz mais de 4 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo, ou 4% da produção global.

"Mas, indiscutivelmente, a realidade hoje é que os EUA usam energia como uma arma política em larga escala. Sanções, ou mesmo a ameaça de sua imposição, têm um efeito destrutivo sobre o ecossistema do mercado global de energia."

Em resposta a comentários de autoridades norte-americanas na semana passada de que Washington estaria exportando "moléculas de liberdade", Sechin disse que as moléculas russas e dos EUA são idênticas, mas o gás da Rússia é 30% mais barato que o Gás Natural Liquefeito (GNL) dos EUA.

Os EUA têm vivido ao longo da última década um "boom" na produção de petróleo e gás que transformou o país, maior consumidor e importador de petróleo, em um dos maiores exportadores.

A maior independência energética permitiu que o governo norte-americano colocasse sanções sobre países como a Venezuela e o Irã por razões geopolíticas sem que isso afetasse tanto os preços globais do petróleo como ocorreria no passado.

Os EUA têm repetidamente acusado a Rússia de usar a energia como arma política, particularmente em disputas sobre o preço do gás com a Ucrânia. O governo norte-americano também pediu que a Europa reduza compras de gás russo e passe a comprar o produto dos EUA.

Sechin disse que os EUA querem banir a oferta de gás barato da Rússia para a Europa não só para prejudicar a Rússia, mas também para desacelerar a economia europeia.

"As políticas da administração dos EUA são hoje as principais causadoras de problemas. Não são só os países que os EUA descrevem como párias que estão sob pressão das sanções e das restrições comerciais, mas também tradicionais aliados e parceiros dos Estados Unidos", disse ele.

"A opressão dos competidores tornou-se um tema dominante na política econômica e externa dos EUA", afirmou Sechin, prevendo que a fatia da produção global de petróleo sujeita a sanções deve crescer neste ano para 2,5 milhões de bpd, de 1,5 milhão bpd no ano anterior.

Ele afirmou ainda que um crescimento adicional na produção de petróleo dos EUA vai exigir "uma nova vítima de sanções, acrescentando que as exportações de petróleo dos EUA devem triplicar para 9 milhões de bpd em 2024, ultrapassando a oferta da Arábia Saudita e da Rússia.

(Reportagem adicional de Maria Grabar em Moscou)

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