RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Chevron Brazil Ventures, da petroleira norte-americana Chevron, foi a primeira grande companhia estrangeira a indicar oficialmente interesse em participar do próximo leilão de blocos exploratórios de petróleo e gás sob regime de concessão no país, previsto para o próximo mês.
Em um comunicado no site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a companhia norte-americana indicou seu interesse em atuar em parceria com outras licitantes interessadas nas áreas da rodada.
Com a publicidade, outras empresas podem procurar a empresa para avaliar em conjunto possíveis formações de consórcios para a disputa, segundo explicou a assessoria de imprensa da agência reguladora. O recurso está previsto nos editais do leilão.
Marcada para 29 de março, a 15ª Rodada vai ofertar 70 blocos nas bacias sedimentares marítimas do Ceará, Potiguar, Sergipe-Alagoas, Campos e Santos e nas bacias terrestres do Parnaíba e do Paraná.
Os bônus de assinatura mínimos exigidos por todos os blocos da rodada somam 4,8 bilhões de reais, segundo os editais, incluindo uma única área na Bacia de Santos, que será oferecida por quase 2 bilhões de reais.
Não há detalhes sobre as regiões de interesse da Chevron na 15ª rodada.
Procurada, a assessoria de imprensa da petroleira não respondeu imediatamente ao pedido de comentários.
A Chevron Brazil Ventures se inscreveu mas não participou, em outubro de 2017, de leilões de blocos do pré-sal no Brasil, em um certame marcado por grandes concorrentes como a anglo-holandesa Shell, a britânica BP e a norte-americana Exxon Mobil (NYSE:XOM).
Para a 14ª Rodada de concessão, em setembro de 2017, a empresa não chegou a se inscrever.
O prazo para inscrições e pagamento da taxa de participação da 15ª Rodada termina na quarta-feira. Posteriormente, a ANP poderá publicar os nomes das empresas.
Um leilão do pré-sal, sob regime de partilha, também está previsto para ocorrer neste ano, em junho.
Recentemente, o presidente da Petrobras (SA:PETR4), Pedro Parente, declarou que a estatal brasileira participará nos leilões marcados para este ano com a mesma linha de estratégia adotada em 2017: "firme, mas seletiva".
(Por Marta Nogueira)