HONG KONG/RIAD/DUBAI (Reuters) - A China está criando um consórcio, incluindo petroleiras estatais, bancos e seu fundo soberano, para atuar como investidor na oferta pública inicial de ações (IPO) da produtora de petróleo Saudi Aramco, disseram pessoas com conhecimento das discussões à Reuters.
A saudita Aramco, uma importante exportadora à China juntamente à russa Rosneft (MM:ROSN), deverá ser listada no próximo ano, com uma potencial venda de ações de 100 bilhões de dólares que deverá ser a maior já registrada no mundo.
O plano chinês de investimento torna mais provável que a estatal de energia busque ser listada na Ásia, com Hong Kong como a favorita entre as bolsas da região, disseram as pessoas.
A Reuters reportou mais cedo neste mês que o conselho da Saudi Aramco iria se reunir em Xangai em maio, sua primeira reunião na China em sete anos, à medida que investidores chineses e asiáticos observam a oferta de ações da maior exportadora de petróleo do mundo.
Autoridades sauditas disseram que companhias chinesas estavam interessadas em investir no IPO da Aramco, uma vez que o país --segundo maior consumidor global de petróleo-- busca assegurar suprimento de petróleo. Mas elas não comentaram sobre como isso seria feito.
Seis fontes com conhecimento das discussões disseram que a China Investment Corporation (CIC), o fundo soberano de 800 bilhões de dólares do país, as petroleiras Sinopec (SS:600028) e PetroChina (SS:601857) e os bancos estatais do país estavam entre as entidades apoiadas pelo Estado a participarem no consórcio de investimento chinês.
(Por Julie Zhu, Reem Shamseddine e Rania El Gamal; reportagem adicional de Michelle Price, Ron Busso, Dmitry Zhdannikov e Aizhu Chen)