(Reuters) - Pesquisadores da Microsoft (NASDAQ:MSFT) disseram nesta quinta-feira que descobriram o que acreditam ser uma rede de contas falsas em redes sociais controladas pela China com o objetivo de influenciar eleitores norte-americanos por meio de inteligência artificial.
Um porta-voz da embaixada chinesa em Washington disse que acusar a China de usar IA para criar contas falsas nas redes sociais era “algo cheio de preconceito e mera especulação maldosa”, além de defender que o país advoga pelo uso seguro da inteligência artificial.
Em um novo estudo, a Microsoft afirmou que as contas de redes sociais eram parte de uma suposta operação de informação chinesa. A campanha tem paralelos com atividades que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos atribuiu a “um grupo de elite dentro do Ministério de Segurança Pública (da China)”, disse a Microsoft.
Os pesquisadores não especificaram quais redes sociais foram afetadas, mas capturas de tela do relatório apontavam para postagens que aparentavam ter sido feitas no Facebook (NASDAQ:META) e no Twitter, que mudou o seu nome para X.
O governo dos EUA acusa a Rússia de intervenção na campanha presidencial norte-americana de 2016 por meio das redes sociais, e alertou que houve esforços subsequentes no mesmo sentido por parte de chineses, russos e iranianos.
Um porta-voz da Microsoft disse à Reuters que um pesquisador da empresa usou “um modelo de atribuição multifacetado” que usa “evidências técnicas, comportamentais e contextuais” para chegar à conclusão.
A empresa afirmou que o uso de IA generativa começou em março de 2023 para criar conteúdos políticos e “imitar eleitores dos EUA”. Essa tecnologia pode criar sozinha imagens, textos e outros tipos de mídia.
O estudo citou um exemplo de uma imagem gerada por IA, que segundo a Microsoft foi postada por uma conta chinesa. Nela, a Estátua da Liberdade está segurando um fuzil com a legenda: “Tudo está sendo jogado fora. A DEUSA DA VIOLÊNCIA”.
(Reportagem de Christopher Bing)