Nicósia, 29 mar (EFE).- Os bancos cipriotas abriram nesta sexta-feira pelo segundo dia após o fechamento de quase duas semanas, e o Banco Central do Chipre pediu à população que mantenha a mesma calma demonstrada na jornada anterior.
"O dia de ontem demonstrou que não era preciso cair no pânico e que podemos ficar tranquilos e continuar pelo mesmo caminho", disse hoje o gerente do Banco Central do Chipre, Yangos Dimitriu, no programa matinal da emissora pública "RIK", onde respondeu às perguntas de cidadãos.
Dimitriu prometeu que as restrições acabarão "o mais rápido possível", e lembrou que a primeira revisão acontecerá na próxima quarta-feira.
A princípio, está previsto que os controles de capital impostos tenham uma vigência inicial de uma semana, mas a maioria dos analistas e políticos aposta que eles serão prolongados por mais tempo.
O ministro das Relações Exteriores, Ioannis Kasulidis, disse ontem que a previsão é que os controles vigorem por "aproximadamente um mês".
Além das restrições mais visíveis, como a proibição de retirar mais de 300 euros por dia - 5 mil euros no caso de empresas -, os cidadãos enfrentam várias mudanças, sobretudo porque as restrições coincidem com o fim do mês e do trimestre.
Um dos problemas é o pagamento de faturas pendentes, que, segundo esclareceu Dimitriu, só poderá ser feito por transferência se o destinatário tiver conta no mesmo banco.
Apesar de tudo, a resignação dos cipriotas nos últimos dias não só surpreendeu os observadores alheios, mas também políticos e autoridades bancárias. EFE